Estudo da London School of Economics (LSE) afirma que mensagens publicitárias terão de cinco a sete segundos
Renato Pezzotti
17/11 - 14:55
A TV digital acaba de aterrisar no Brasil - pelo menos no que se refere a definição de qual padrão o País vai adotar. Mas no mundo todo, a possibilidade de transmissões até pelas telas de celulares agita o mercado de radiodifusão e propaganda.
Por isso, a Nokia solicitou à London School of Economics (LSE) um estudo sobre esse impacto. Realizado pela Dra. Shani Orgad, o relatório, intitulado 'This Box Was Made for Walking' ("Essa caixa foi feita para andar"), chegou à algumas conclusões sobre o setor.
Os usuários, que poderão receber conteúdo em qualquer horário e lugar, assistirão apenas o que se consideram mais relevante para eles e até criarão seu próprio conteúdo de televisão. Já os provedores e anunciantes terão a possibilidade de realizar suas ofertas sob medida, direcionadas de modo específico ao usuário.
Multimídia, personalização e interatividade foram as palavras chaves do relatório da LSE. Uma das conclusões é que as agências de publicidade terão de cinco a sete segundos para passar suas mensagens, em níveis muito específicos, impossíveis para a TV tradicional.
O relatório afirma, também, que a programação da TV móvel será uma combinação entre o conteúdo original da televisão tradicional e o novo, feito especificamente para a audiência móvel. Serão boletins noticiosos curtos e concisos, interatividade com o usuário nas tramas de reality shows e programas de jogos, sempre voltados à notícias, entretenimento (novelas, reality shows, comédias, animação), esportes, música e programas infantis.
Haverá, também, uma mudança no horário nobre. Ele não será mais à noite, quando a família se reunia na sala para jantar a assistir TV. Agora, ela se distribuirá no meio do dia, com formatos específicos e distribuição de conteúdo em pequenos episódios.