Reuters 13:10 PM Mar, 24, 2006
NEW YORK -- Fans of U.S. satellite radio have been waiting eagerly for nearly a year to get XM or Sirius onto their cell phones.
But as the two satellite radio providers carefully ponder their mobile strategies and chew over business plans, a small group of technically savvy devotees are taking matters into their own hands.
Grass-roots software and web developers have found ways to tap into XM Satellite Radio Holdings' and Sirius Satellite Radio's websites to stream music channels onto Windows-powered smartphones and other devices.
Most have given their work away for free to other fans since late last year -- running into conflict with the wireless business strategies of the satellite radio providers.
"I'm not always near a PC, but I already have a cell phone," said David Bressler, who wrote a piece of software to listen to Sirius in his office, which blocks satellite radio signals.
"I like Sirius, I promote Sirius to everyone I talk to," he said in a phone interview, adding it took him about an hour last December to write the software, SiriusWM5.
XM, the top U.S. satellite radio service provider with about 6 million subscribers, and Sirius, which serves about 4 million, have both said that going mobile was an important part of their business expansion.
But so far, only a few of Sirius' channels are available on one wireless provider's network, Sprint Nextel.
Meanwhile, XM has threatened to take legal action. In early February, a law firm representing the company sent a cease-and-desist letter to a developer, citing infringement of its trademark.
Sirius said its lawyers are also on the case. "Our lawyers are diligently pursuing this," a company spokesman said.
"We've indicated time and again, we expect our service and technology to be widely available in portable products and we continue to explore opportunities to do that," said XM spokesman Chance Patterson. "These incidents don't have any impact on those plans."
To be sure, the addressable market is tiny. Users have to own relatively new Microsoft Windows Mobile-powered smartphones or Pocket PC handheld devices and troll online message boards to locate the software or website links.
As a service to paying subscribers, XM and Sirius offer only a limited selection of their music channels on the web. Sirius' hugely popular shows by ribald radio host Howard Stern, for example, are not available on its website.
Nonetheless, marginal competitive distractions have a way of haunting technology companies. Consider how the dorm room and garage passions of Microsoft chairman Bill Gates and Apple Computer CEO Steve Jobs, dropouts from Harvard University and Reed College, respectively, took on IBM and now own the personal computer market.
"We don't want to get into any trouble," said Wayne, the developer of PocketXM Radio, who declined to give his full name for fear of retribution. He said his software, subsequently renamed Pocket Satellite Radio, is no longer for sale.
It had been sold at a website registered to Wayne Jiang, based in Texas.
The potential legal quagmire such workarounds represent has not shaken the resolve of new developers, some of whom would rather continue to quietly tinker without disturbance.
"I have not been contacted. I do not wish to be contacted by XM," said Younes Oughla, who created the website Mini XM over four weekends in his home office in West New York, New Jersey.
"I make sure that people know I'm not affiliated with XM to avoid confusion," Oughla said, pointing to a disclaimer on his site.
Another developer, whose programming allows Windows Mobile phone users to link easily to XM webcasts, said he wrote the software to cut down on clutter. His programming was widely distributed off his blog.
"I prefer to carry one device," said Nick Krewson, one of the earliest developers of software that connected to XM.
On internet message boards such as Howard Forums, where tech and phone geeks converge, Bressler has turned down offers to accept fees for his software.
"If Sirius wants the application and wants to develop it further, it's all theirs," he said.
Título da minha Tese de Doutorado defendida em março de 2011 que apresenta o conceito de Comunicação Locativa (Locative Communication)
28 março, 2006
TV paga teme competição das telefônicas
Eliane Pereira [27/03 - 17:47] Empresas de telecomunicações se preparam para oferecer serviço de video em suas redes de acesso à internet por banda larga
A oferta de serviço de televisão via internet (ou IPTV, na sigla em inglês) ameaça o negócio das operadoras de TV por assinatura? É a salvação da lavoura para as empresas de telefonia, que estão vendo minguar as receitas com chamadas telefônicas tradicionais? E, principalmente, é economicamente viável num país como o Brasil, onde o acesso à internet por banda larga ainda é incipiente? Estas e outras questões estão sendo discutidas no seminário IPTV, que prossegue até amanhã no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo.
Para Diego Bubillo, da empresa de consultoria Signals, é uma questão imperativa para as teles o lançamento da IPTV, mas antes elas terão que superar uma série de barreiras de caráter técnico (falta de conteúdo digital de produção local, poucos acessos de banda larga, velocidade insuficiente nos sistemas atuais), econômico (custo do equipamento para o usuário final, investimento na rede, preço da assinatura mensal do serviço) e regulatório (leis conflitantes e ausência de legislação específica sobre o tema).
Uma das questões levantadas é que a oferta de video on demand (VOD) e mesmo de programação de televisão (IPTV) via internet seria uma resposta das empresas de telecom às operadoras de TV paga, que já começam a vender serviços de voz - entrando, portanto, na seara das teles. "O VoIP (telefonia sobre protocolo de internet) é oferecido por vários tipos de empresas, não só de payTV. E enquanto as receitas do setor de telecomunicações, no Brasil, chegam a R$ 60 bilhões, a TV por assinatura fatura apenas R$ 4 bilhões anuais", contrapõem Virgílio Amaral, responsável pela área de tecnologia e infra-estrutura da TVA. A briga promete ser boa.
A oferta de serviço de televisão via internet (ou IPTV, na sigla em inglês) ameaça o negócio das operadoras de TV por assinatura? É a salvação da lavoura para as empresas de telefonia, que estão vendo minguar as receitas com chamadas telefônicas tradicionais? E, principalmente, é economicamente viável num país como o Brasil, onde o acesso à internet por banda larga ainda é incipiente? Estas e outras questões estão sendo discutidas no seminário IPTV, que prossegue até amanhã no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo.
Para Diego Bubillo, da empresa de consultoria Signals, é uma questão imperativa para as teles o lançamento da IPTV, mas antes elas terão que superar uma série de barreiras de caráter técnico (falta de conteúdo digital de produção local, poucos acessos de banda larga, velocidade insuficiente nos sistemas atuais), econômico (custo do equipamento para o usuário final, investimento na rede, preço da assinatura mensal do serviço) e regulatório (leis conflitantes e ausência de legislação específica sobre o tema).
Uma das questões levantadas é que a oferta de video on demand (VOD) e mesmo de programação de televisão (IPTV) via internet seria uma resposta das empresas de telecom às operadoras de TV paga, que já começam a vender serviços de voz - entrando, portanto, na seara das teles. "O VoIP (telefonia sobre protocolo de internet) é oferecido por vários tipos de empresas, não só de payTV. E enquanto as receitas do setor de telecomunicações, no Brasil, chegam a R$ 60 bilhões, a TV por assinatura fatura apenas R$ 4 bilhões anuais", contrapõem Virgílio Amaral, responsável pela área de tecnologia e infra-estrutura da TVA. A briga promete ser boa.
26 março, 2006
Canadá reforça apoio ao audiovisual brasileiro
Ruy Barata Neto [23/03 - 11:37] Principal órgão público de produção e distribuição do audiovisual canadense assina acordo com o Minustério da Cultura Brasileiro
Um dos responsáveis por tornar o Canadá referência mundial em animações e documentários, o Ofício Nacional do Filme (NFB, na sigla em inglês que significa National Film Board) agora fortalece as suas relações com o mercado brasileiro. O órgão público, mantido pelo governo canadense, assinou acordo de cooperação com a Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura do Brasil, anunciado oficialmente nesta quinta-feira, dia 23. O NFB quer descobrir, no País, novos formatos de animação, documentários e filmes experimentais para ajudar a desenvolver. O acordo está fincado em quatro pilares: financiamento de projetos de co-produçãoo; distribuição conjunta das obras; produções para novas tecnologias e comercialização do catálogo de filmes produzidos pelas produtoras brasileiras. Além de colaborar com programas de treinamento e educação nas artes visuais e, intercâmbio de conhecimento tecnológico.
Dentre as iniciativas concretas estabelecidas no acordo estão o aporte de CAD$ 50 mil (dóleres canadenses) para um fundo de desenvolvimento do document?rio. Os recursos ficar?o sob a ger?ncia da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPI-TV) e da Secretaria do Audiovisual. Além disso, dois animadores brasileiros deverão ser incluídos no Programa Hothouse do Estúdio de Animação do NFB. O projeto aproxima doze jovens animadores durante duas semanas envolvidos com criação de projetos.
Além do programa de cooperação, o NFB também possibilitou a visita ao Brasil de outros 20 criadores e produtores canadenses que farão intercâmbio com profissionais brasileiros. Como parte do seu projeto internacional, que já vem sendo realizado há dois anos, a ABPI-TV coordena nesta quinta, dia 23, e na sexta, 24, o Fórum Co-produzindo com o Canadá, cujo o principal objetivo à colocar produtores brasileiros e canadenses frente a frente para o início de conversas sobre projetos que poderão ser materializados ao longo do tempo.
A abertura da semana do Canadá no Brasil aconteceu na quarta-feira, dia 22, com uma sessão para convidados da Mostra de Cinema Canadense do National Film Board. A Mostra ficará aberta ao público a partir de sexta-feira, dia 24, e vai até quinta-feira, dia 30. As sessões acontecerão simultaneamente em cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Brasília através de projeção digital, disponibilizada pela Rain Network. O NFB também possui grande interesse em aplicar as técnicas de projeção digital que começam a ser disseminadas no Brasil. A mostra canadense é composta por 3 longas, 1 mídia e 28 curtas-metragens masterizados em HDCam, formato que garante a preservação das obras em alta definição, ideais para o cinema digital. Trás ganhadores do Oscar: Ryan; Bob's Birthday e Special Delivery serão apresentados. Além do premiado com o Palma de Ouro, When The Day Breaks e, uma animação vencedora do Urso de Ouro, Ame Noire, que conta a história da raça negra utilizando uma técnica de tinta óleo sobre vidro. Somente pela qualidade dos filmes selecionados, o público que for assistir a mostra sairá confiante de que a parceria com o Brasil será fundamental para o desenvolvimento do audiovisual brasileiro.
Um dos responsáveis por tornar o Canadá referência mundial em animações e documentários, o Ofício Nacional do Filme (NFB, na sigla em inglês que significa National Film Board) agora fortalece as suas relações com o mercado brasileiro. O órgão público, mantido pelo governo canadense, assinou acordo de cooperação com a Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura do Brasil, anunciado oficialmente nesta quinta-feira, dia 23. O NFB quer descobrir, no País, novos formatos de animação, documentários e filmes experimentais para ajudar a desenvolver. O acordo está fincado em quatro pilares: financiamento de projetos de co-produçãoo; distribuição conjunta das obras; produções para novas tecnologias e comercialização do catálogo de filmes produzidos pelas produtoras brasileiras. Além de colaborar com programas de treinamento e educação nas artes visuais e, intercâmbio de conhecimento tecnológico.
Dentre as iniciativas concretas estabelecidas no acordo estão o aporte de CAD$ 50 mil (dóleres canadenses) para um fundo de desenvolvimento do document?rio. Os recursos ficar?o sob a ger?ncia da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPI-TV) e da Secretaria do Audiovisual. Além disso, dois animadores brasileiros deverão ser incluídos no Programa Hothouse do Estúdio de Animação do NFB. O projeto aproxima doze jovens animadores durante duas semanas envolvidos com criação de projetos.
Além do programa de cooperação, o NFB também possibilitou a visita ao Brasil de outros 20 criadores e produtores canadenses que farão intercâmbio com profissionais brasileiros. Como parte do seu projeto internacional, que já vem sendo realizado há dois anos, a ABPI-TV coordena nesta quinta, dia 23, e na sexta, 24, o Fórum Co-produzindo com o Canadá, cujo o principal objetivo à colocar produtores brasileiros e canadenses frente a frente para o início de conversas sobre projetos que poderão ser materializados ao longo do tempo.
A abertura da semana do Canadá no Brasil aconteceu na quarta-feira, dia 22, com uma sessão para convidados da Mostra de Cinema Canadense do National Film Board. A Mostra ficará aberta ao público a partir de sexta-feira, dia 24, e vai até quinta-feira, dia 30. As sessões acontecerão simultaneamente em cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Brasília através de projeção digital, disponibilizada pela Rain Network. O NFB também possui grande interesse em aplicar as técnicas de projeção digital que começam a ser disseminadas no Brasil. A mostra canadense é composta por 3 longas, 1 mídia e 28 curtas-metragens masterizados em HDCam, formato que garante a preservação das obras em alta definição, ideais para o cinema digital. Trás ganhadores do Oscar: Ryan; Bob's Birthday e Special Delivery serão apresentados. Além do premiado com o Palma de Ouro, When The Day Breaks e, uma animação vencedora do Urso de Ouro, Ame Noire, que conta a história da raça negra utilizando uma técnica de tinta óleo sobre vidro. Somente pela qualidade dos filmes selecionados, o público que for assistir a mostra sairá confiante de que a parceria com o Brasil será fundamental para o desenvolvimento do audiovisual brasileiro.
TVs publicam comunicado em apoio ao padrão japonês
[23/03 - 10:46] Com um slogan "Televisão Digital - 100% Brasil. 100% grátis", emissoras fazem lobby pelo sistema ISDB-T
As emissoras de TV publicaram nesta quinta-feira, dia 23, um comunicado em favor da escolha do padrão japonês para as transmissões digitais. Sob o slogan "Televisão Digital - 100% Brasil. 100% grátis" , elas afirmam que a escolha da modulação ISDB-T será a única que garantirão gratuitamente a todos os brasileiros os benefícios da digitalização. Assinado por Bandeirantes, Cultura, Globo, Record, RedeTV, Rede Vida, SBT, 21, CNT e Rede Mulher, o texto diz que a decisão é urgente, uma vez que a digitalização da televisão por assinatura e a telefonia móvel já foram implantadas em 1998.
Leia o comunicado na íntegra:
"Comunicado
O país tem assistido a um amplo e democrático debate sobre o sistema digital a ser adotado pela televisão brasileira.
Isto é saudável.
Mas não se pode esquecer a questão fundamental - o que está em jogo, objetivamente, é uma só definição:
Qual é o melhor modelo de televisão para o Brasil.
Nada pode justificar que o brasileiro seja privado de usufruir, gratuitamente, de uma televisão com imagem e som de alta qualidade, que possa ser assistida em movimento, em aparelhos portáteis e que ofereça opções de interatividade para o telespectador obter informações, serviços e diversão adicionais à programação exibida, usando apenas o seu controle remoto.
É neste sentido que nós, representantes do setor de comunicação social, que temos responsabilidades perante a sociedade, disciplinadas pela Constituição Federal, nos dedicamos, por vários anos, a estudar esta questão e, junto com diversas universidades brasileiras, podemos afirmar que o sistema ISDB-T desenvolvido no Japão, com os aperfeiçoamentos criados pelos cientistas nacionais, é o único sistema que garantirá, gratuitamente, a todos os brasileiros todos os benefícios da televisão digital.
Diante das manifestações de outros setores sobre essa escolha, nos sentimos no direito e no dever de externar publicamente a nossa opinião. Esta decisão é urgente. O tema vem sendo estudado pelo Governo, universidades, a Sociedade de Engenharia de Televisão e Telecomunicações e radiodifusores, desde 1998.
Não faltam elementos para a tomada de decisão.
A digitalização de outros setores, como a telefonia móvel e a televisão por assinatura, já foi implantada desde 1998.
Não faz sentido que a TV livre e gratuita fique condenada ao atraso tecnológico e impedida de oferecer televisão de alta definição, de graça, ao povo brasileiro. Hoje, isso só pode ser oferecido pelos demais setores àqueles que podem pagar.
Temos certeza de que o Governo brasileiro tomará sua decisão com a urgência que o assunto exige em benefício da sociedade brasileira, que merece continuar a ter acesso, livre e gratuito, a uma das melhores televisões do mundo.
Esta televisão que é e deve continuar a ser fator decisivo de promoção de desenvolvimento econômico, de inclusão social e de fortalecimento da identidade e coesão nacionais.
Televisão digital - 100% Brasil. 100% grátis.
Bandeirantes - Cultura - Globo - Record - RedeTV - Rede Vida - SBT - 21 - CNT - Rede Mulher"
As emissoras de TV publicaram nesta quinta-feira, dia 23, um comunicado em favor da escolha do padrão japonês para as transmissões digitais. Sob o slogan "Televisão Digital - 100% Brasil. 100% grátis" , elas afirmam que a escolha da modulação ISDB-T será a única que garantirão gratuitamente a todos os brasileiros os benefícios da digitalização. Assinado por Bandeirantes, Cultura, Globo, Record, RedeTV, Rede Vida, SBT, 21, CNT e Rede Mulher, o texto diz que a decisão é urgente, uma vez que a digitalização da televisão por assinatura e a telefonia móvel já foram implantadas em 1998.
Leia o comunicado na íntegra:
"Comunicado
O país tem assistido a um amplo e democrático debate sobre o sistema digital a ser adotado pela televisão brasileira.
Isto é saudável.
Mas não se pode esquecer a questão fundamental - o que está em jogo, objetivamente, é uma só definição:
Qual é o melhor modelo de televisão para o Brasil.
Nada pode justificar que o brasileiro seja privado de usufruir, gratuitamente, de uma televisão com imagem e som de alta qualidade, que possa ser assistida em movimento, em aparelhos portáteis e que ofereça opções de interatividade para o telespectador obter informações, serviços e diversão adicionais à programação exibida, usando apenas o seu controle remoto.
É neste sentido que nós, representantes do setor de comunicação social, que temos responsabilidades perante a sociedade, disciplinadas pela Constituição Federal, nos dedicamos, por vários anos, a estudar esta questão e, junto com diversas universidades brasileiras, podemos afirmar que o sistema ISDB-T desenvolvido no Japão, com os aperfeiçoamentos criados pelos cientistas nacionais, é o único sistema que garantirá, gratuitamente, a todos os brasileiros todos os benefícios da televisão digital.
Diante das manifestações de outros setores sobre essa escolha, nos sentimos no direito e no dever de externar publicamente a nossa opinião. Esta decisão é urgente. O tema vem sendo estudado pelo Governo, universidades, a Sociedade de Engenharia de Televisão e Telecomunicações e radiodifusores, desde 1998.
Não faltam elementos para a tomada de decisão.
A digitalização de outros setores, como a telefonia móvel e a televisão por assinatura, já foi implantada desde 1998.
Não faz sentido que a TV livre e gratuita fique condenada ao atraso tecnológico e impedida de oferecer televisão de alta definição, de graça, ao povo brasileiro. Hoje, isso só pode ser oferecido pelos demais setores àqueles que podem pagar.
Temos certeza de que o Governo brasileiro tomará sua decisão com a urgência que o assunto exige em benefício da sociedade brasileira, que merece continuar a ter acesso, livre e gratuito, a uma das melhores televisões do mundo.
Esta televisão que é e deve continuar a ser fator decisivo de promoção de desenvolvimento econômico, de inclusão social e de fortalecimento da identidade e coesão nacionais.
Televisão digital - 100% Brasil. 100% grátis.
Bandeirantes - Cultura - Globo - Record - RedeTV - Rede Vida - SBT - 21 - CNT - Rede Mulher"
TVA e ITSA levam tecnologia wireless a escolas públicas
[23/03 - 12:07] Açãoo faz parte de acordo recém-firmado com o Ministério das Comunicações
A TVA e a ITSA, fornecedora de tecnologia wireless, dão prosseguimento ao acordo recém-firmado com o Ministério das Comunicações (Minicom) e disponibilizarão mais pontos de acesso a conteúdos digitais e de TV por assinatura por meio da tecnologia WiMax. A partir de 23 de março, instituições públicas de Belo Horizonte e da cidade de Tiradentes serão beneficiadas.
No dia 23, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, participarão da cerimônia de inauguração de uma escola com acesso via WiMax, a conteúdos de TV por assinatura, da ITSA, e a conteúdos digitais, disponibilizados pela Editora Abril. A TVA e a Editora também vão doar 20 computadores. No dia 24, o ministro vai inaugurar o mesmo programa na cidade de Tiradentes, onde serão doados mais 10 computadores, entretanto nesta cidade os alunos terão acesso somente ao serviço de banda larga.
A TVA e a ITSA, fornecedora de tecnologia wireless, dão prosseguimento ao acordo recém-firmado com o Ministério das Comunicações (Minicom) e disponibilizarão mais pontos de acesso a conteúdos digitais e de TV por assinatura por meio da tecnologia WiMax. A partir de 23 de março, instituições públicas de Belo Horizonte e da cidade de Tiradentes serão beneficiadas.
No dia 23, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, participarão da cerimônia de inauguração de uma escola com acesso via WiMax, a conteúdos de TV por assinatura, da ITSA, e a conteúdos digitais, disponibilizados pela Editora Abril. A TVA e a Editora também vão doar 20 computadores. No dia 24, o ministro vai inaugurar o mesmo programa na cidade de Tiradentes, onde serão doados mais 10 computadores, entretanto nesta cidade os alunos terão acesso somente ao serviço de banda larga.
Antenas parabólicas terão sinal liberado nos jogos da Copa
[23/03 - 12:21] Presidente Lula prepara decreto para descodifica??o de sinal da Fifa, exigida em contrato
O Presidente Lula está preparando um decreto para liberar a transmissão das partidas da Copa do Mundo da Alemanha para as antenas parabólicas do País. Serão cerca de 14 milhões de proprietários beneficiados, uma vez sinal codificado - exigência contratual da Fifa junto às emissoras, para proteger os direitos do torneio - não é recebido pelas antenas. O atual Presidente segue o exemplo de que Fernando Henrique Cardoso fez em 2002, proibindo que as emissoras codifiquem sons e imagens durante as partidas.
O Presidente Lula está preparando um decreto para liberar a transmissão das partidas da Copa do Mundo da Alemanha para as antenas parabólicas do País. Serão cerca de 14 milhões de proprietários beneficiados, uma vez sinal codificado - exigência contratual da Fifa junto às emissoras, para proteger os direitos do torneio - não é recebido pelas antenas. O atual Presidente segue o exemplo de que Fernando Henrique Cardoso fez em 2002, proibindo que as emissoras codifiquem sons e imagens durante as partidas.
15 março, 2006
Portais ajudam a dar visibilidade a bandas novas
DA REPORTAGEM LOCAL
Se os selos ainda engatinham, os portais de música independente estão a todo
vapor. O mais famoso deles, o Trama Virtual, emplacou um sucesso no mundo
real, a banda Cansei de Ser Sexy.
O potencial do portal se reflete em números: no último semestre, foram
feitos 529.307 downloads por mês. A candidata ao hype é a NxZero, cuja faixa
"Além de Mim" -um rock singelo- foi baixada 54.715 vezes.
O segredo do sucesso, explica o produtor Carlos Eduardo Miranda, mentor do
Trama Virtual, é "ficar de olho no que está acontecendo". "As coisas se
transformam todo o tempo", diz.
Ele defende também que é preciso ter um vínculo com o "mundo real", fazendo
divulgação em festivais indies, além de sempre oferecer "material
atualizado" e, fundamental, "ter estilo".
No ar desde a década de 90, o portal de música eletrônica FiberOnline
hospeda de 4.000 a 5.000 projetos. Os campeões no momento são o In Dreams,
com 20 mil downloads, e o Oxys, com 15.970. Ambos são do gênero trance. Além
de buscar visibilidade nos portais daqui, selos indies como o Tropic
Records, de música eletrônica, lançam faixas em sites gringos, como o
Beatport, que as vende por US$ 1,99 (cerca de R$ 4). (AFS)
Links:
http://www.eletrocooperativa.art.br/
http://www.fronharecords.trix.net/
http://www.kosmic.org/
http://www.netaudiolondon.cc/
http://www.tramavirtual.com.br/
http://www.myspace.com/
http://www.conteudorecords.com.br/
http://www.senhorf.com.br/
http://www.fiberonline.com.br/
http://www.tropicrecords.com.br/
http://www.beatport.com/
Se os selos ainda engatinham, os portais de música independente estão a todo
vapor. O mais famoso deles, o Trama Virtual, emplacou um sucesso no mundo
real, a banda Cansei de Ser Sexy.
O potencial do portal se reflete em números: no último semestre, foram
feitos 529.307 downloads por mês. A candidata ao hype é a NxZero, cuja faixa
"Além de Mim" -um rock singelo- foi baixada 54.715 vezes.
O segredo do sucesso, explica o produtor Carlos Eduardo Miranda, mentor do
Trama Virtual, é "ficar de olho no que está acontecendo". "As coisas se
transformam todo o tempo", diz.
Ele defende também que é preciso ter um vínculo com o "mundo real", fazendo
divulgação em festivais indies, além de sempre oferecer "material
atualizado" e, fundamental, "ter estilo".
No ar desde a década de 90, o portal de música eletrônica FiberOnline
hospeda de 4.000 a 5.000 projetos. Os campeões no momento são o In Dreams,
com 20 mil downloads, e o Oxys, com 15.970. Ambos são do gênero trance. Além
de buscar visibilidade nos portais daqui, selos indies como o Tropic
Records, de música eletrônica, lançam faixas em sites gringos, como o
Beatport, que as vende por US$ 1,99 (cerca de R$ 4). (AFS)
Links:
http://www.eletrocooperativa.art.br/
http://www.fronharecords.trix.net/
http://www.kosmic.org/
http://www.netaudiolondon.cc/
http://www.tramavirtual.com.br/
http://www.myspace.com/
http://www.conteudorecords.com.br/
http://www.senhorf.com.br/
http://www.fiberonline.com.br/
http://www.tropicrecords.com.br/
http://www.beatport.com/
Inclusão musical
Grupos independentes criam selos na internet para distribuir trabalhos (de
graça!); músicos falam à Ilustrada sobre esse novo mercado
ADRIANA FERREIRA SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
O fim do CD, como o conhecemos hoje, já foi mais do que anunciado. De olho
na substituição do disquinho prateado pelos tocadores de MP3, os selos
independentes estão migrando para a internet e lançando álbuns diretamente
na rede, e, o melhor, de graça.
No Brasil, há pelo menos uma dezena de gravadoras digitais no ar -e outras
tantas em gestação-, que contabilizam médias de até mil downloads por
título. Parece pouco, mas é um número relevante, considerando que a maioria
trabalha sem patrocínio.
O retorno vem por meio de convites para shows e festivais, além de parcerias
com artistas de outros lugares, inclusive do exterior. O guitarrista da
dupla baiana tara- code, Gilberto Monte, 29, é um dos pioneiros nesse
formato. Há sete anos, Monte despeja na rede suas produções em parceria com
a cantora Andrea May.
"Temos uma média de 50 acessos [ao site] por dia. Para quem não tem
divulgação, é um número muito bom", acredita Monte. "Somos muito mais
conhecidos pela internet do que pelo CD."
Monte está utilizando sua experiência na criação do selo digital da ONG
baiana Eletrocooperativa, que estréia com um catálogo incluindo as bandas
Lampirônicos e Rônei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, além do cantor Lucas
Santtana.
O coletivo carioca Fronha é outro exemplo de abertura de caminhos pela rede.
Mesmo fazendo uma produção experimental -e pouco conhecida até na cena de
música eletrônica-, eles foram convidados a participar da edição de 2004 do
festival mineiro Eletronika graças ao selo Fronha Records, no ar desde 2002.
"Somos 15 pessoas que criam o tempo todo e vamos escoando a produção pelo
site", fala o músico Marcelo Mendes, 36, um dos integrantes do Fronha. O
selo já contabiliza 36 lançamentos, entre EPs (formato com três ou quatro
faixas), discos e singles, alguns com mais de mil downloads, como o do
projeto KKFS. Além do show em Belo Horizonte, o selo rendeu a Mendes um
disco em parceria com produtores alemães. "Fiz amigos no mundo todo", diz
ele.
Boom
Se no Brasil eles começam a se espalhar agora, no exterior os selos
digitais, ou "netlabels", como são conhecidos, são populares desde a década
de 90, época em que surgiram sites como o do extinto coletivo Kosmic Free
Music Foundation, com produções gratuitas na internet. Atualmente, a seção
dedicada a essas gravadoras na principal biblioteca virtual, a Archive,
lista 7.980 endereços, com músicas de todos os estilos.
Na Europa, existem até festivais dedicados a reunir essa produção, como o
Netaudio'06 - London Netlabel Festival, que acontece dias 15 e 16 de
setembro, em Londres -em 2005, ocorreram eventos também na Alemanha e Suíça.
"De fato é uma tendência. [Os selos] devem surgir no formato de portais,
distribuindo gratuitamente ou vendendo as faixas", prevê Messias Bandeira,
39, diretor da Faculdade de Tecnologia e Ciências, na Bahia, e autor de uma
tese de doutorado sobre como as tecnologias estão repercutindo na indústria
fonográfica.
Portais x Selos
Bandeira acredita que esse é um modelo que está "engatinhando", mas que é
"bastante promissor". "Em cinco anos, o que a gente entende como mercado
fonográfico hoje estará completamente diferente", vislumbra ele.
No momento, não há um formato pré-determinado para que um selo seja
considerado digital. O que há, sim, é uma tentativa dos "netlabels" de se
diferenciar de portais de música, como o Trama Virtual.
"O portal é um aglomerado para divulgação de artistas, como o My Space, por
exemplo. O selo seria um passo depois disso", afirma o DJ Tee, 26, do selo
digital de música eletrônica Conteúdo Records, de Belo Horizonte.
Esse passo, seria, essencialmente, a preocupação com uma direção artística,
que reúne as músicas em singles e EPs, os mais comuns no momento, ou CDs,
principalmente coletâneas.
"Os selos têm um catálogo e se tornam conhecidos por eles", explica Tee. Na
lista do Conteúdo Records consta o "Mourisco EP", lançado em dezembro de
2005, com músicas dos produtores Menorah, 3nity e Duduart.
"Faremos lançamentos periódicos para mostrar para as pessoas que o selo não
precisa existir fisicamente", conta Tee.
Finanças
Por enquanto, os brasileiros fazem tudo na camaradagem: ninguém paga para
incluir a música, ninguém paga para baixar. Mas como sobreviver no futuro?
"Acredito em uma possibilidade de patrocínio", diz Fernando Rosa, 52, do
selo de rock Senhor F, de Brasília. Rosa, que lançou 16 singles, cada um com
uma média de mil downloads, explica que, para vender, é preciso desenvolver
um sistema operacional "pesado". "Posso até cobrar, mas não acredito muito
nisso. Se as pessoas não compram mais CD, por que vão pagar para baixar na
rede?", questiona.
Bandeira discorda: "Acho plenamente possível o artista sobreviver com a
internet. Ele pode vender faixas, CDs, DVDs, explorar todas as
possibilidades".
É pagar para ver...
graça!); músicos falam à Ilustrada sobre esse novo mercado
ADRIANA FERREIRA SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
O fim do CD, como o conhecemos hoje, já foi mais do que anunciado. De olho
na substituição do disquinho prateado pelos tocadores de MP3, os selos
independentes estão migrando para a internet e lançando álbuns diretamente
na rede, e, o melhor, de graça.
No Brasil, há pelo menos uma dezena de gravadoras digitais no ar -e outras
tantas em gestação-, que contabilizam médias de até mil downloads por
título. Parece pouco, mas é um número relevante, considerando que a maioria
trabalha sem patrocínio.
O retorno vem por meio de convites para shows e festivais, além de parcerias
com artistas de outros lugares, inclusive do exterior. O guitarrista da
dupla baiana tara- code, Gilberto Monte, 29, é um dos pioneiros nesse
formato. Há sete anos, Monte despeja na rede suas produções em parceria com
a cantora Andrea May.
"Temos uma média de 50 acessos [ao site] por dia. Para quem não tem
divulgação, é um número muito bom", acredita Monte. "Somos muito mais
conhecidos pela internet do que pelo CD."
Monte está utilizando sua experiência na criação do selo digital da ONG
baiana Eletrocooperativa, que estréia com um catálogo incluindo as bandas
Lampirônicos e Rônei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, além do cantor Lucas
Santtana.
O coletivo carioca Fronha é outro exemplo de abertura de caminhos pela rede.
Mesmo fazendo uma produção experimental -e pouco conhecida até na cena de
música eletrônica-, eles foram convidados a participar da edição de 2004 do
festival mineiro Eletronika graças ao selo Fronha Records, no ar desde 2002.
"Somos 15 pessoas que criam o tempo todo e vamos escoando a produção pelo
site", fala o músico Marcelo Mendes, 36, um dos integrantes do Fronha. O
selo já contabiliza 36 lançamentos, entre EPs (formato com três ou quatro
faixas), discos e singles, alguns com mais de mil downloads, como o do
projeto KKFS. Além do show em Belo Horizonte, o selo rendeu a Mendes um
disco em parceria com produtores alemães. "Fiz amigos no mundo todo", diz
ele.
Boom
Se no Brasil eles começam a se espalhar agora, no exterior os selos
digitais, ou "netlabels", como são conhecidos, são populares desde a década
de 90, época em que surgiram sites como o do extinto coletivo Kosmic Free
Music Foundation, com produções gratuitas na internet. Atualmente, a seção
dedicada a essas gravadoras na principal biblioteca virtual, a Archive,
lista 7.980 endereços, com músicas de todos os estilos.
Na Europa, existem até festivais dedicados a reunir essa produção, como o
Netaudio'06 - London Netlabel Festival, que acontece dias 15 e 16 de
setembro, em Londres -em 2005, ocorreram eventos também na Alemanha e Suíça.
"De fato é uma tendência. [Os selos] devem surgir no formato de portais,
distribuindo gratuitamente ou vendendo as faixas", prevê Messias Bandeira,
39, diretor da Faculdade de Tecnologia e Ciências, na Bahia, e autor de uma
tese de doutorado sobre como as tecnologias estão repercutindo na indústria
fonográfica.
Portais x Selos
Bandeira acredita que esse é um modelo que está "engatinhando", mas que é
"bastante promissor". "Em cinco anos, o que a gente entende como mercado
fonográfico hoje estará completamente diferente", vislumbra ele.
No momento, não há um formato pré-determinado para que um selo seja
considerado digital. O que há, sim, é uma tentativa dos "netlabels" de se
diferenciar de portais de música, como o Trama Virtual.
"O portal é um aglomerado para divulgação de artistas, como o My Space, por
exemplo. O selo seria um passo depois disso", afirma o DJ Tee, 26, do selo
digital de música eletrônica Conteúdo Records, de Belo Horizonte.
Esse passo, seria, essencialmente, a preocupação com uma direção artística,
que reúne as músicas em singles e EPs, os mais comuns no momento, ou CDs,
principalmente coletâneas.
"Os selos têm um catálogo e se tornam conhecidos por eles", explica Tee. Na
lista do Conteúdo Records consta o "Mourisco EP", lançado em dezembro de
2005, com músicas dos produtores Menorah, 3nity e Duduart.
"Faremos lançamentos periódicos para mostrar para as pessoas que o selo não
precisa existir fisicamente", conta Tee.
Finanças
Por enquanto, os brasileiros fazem tudo na camaradagem: ninguém paga para
incluir a música, ninguém paga para baixar. Mas como sobreviver no futuro?
"Acredito em uma possibilidade de patrocínio", diz Fernando Rosa, 52, do
selo de rock Senhor F, de Brasília. Rosa, que lançou 16 singles, cada um com
uma média de mil downloads, explica que, para vender, é preciso desenvolver
um sistema operacional "pesado". "Posso até cobrar, mas não acredito muito
nisso. Se as pessoas não compram mais CD, por que vão pagar para baixar na
rede?", questiona.
Bandeira discorda: "Acho plenamente possível o artista sobreviver com a
internet. Ele pode vender faixas, CDs, DVDs, explorar todas as
possibilidades".
É pagar para ver...
14 março, 2006
Inglaterra testa internet 2 mil vezes mais rápida
[07/03 - 12:03] Nova tecnologia combina funções de televisão e computador
Está em fase de testes na Inglaterra a internet mais veloz do mundo, na periferia de Londres. Segundo matéria do jornal Valor, a conexão permitirá ao usuário fazer o download de imagens e conteúdo numa velocidade 2 mil vezes mais rápida que a dos serviços atuais. A nova tecnologia combina funções de televisão e computador. Até agora, as conexões por banda larga comercialmente em uso operam a uma velocidade de 2 megabits por segundo e o novo projeto tem velocidade de até 2 bilhões de bits por segundo.
Está em fase de testes na Inglaterra a internet mais veloz do mundo, na periferia de Londres. Segundo matéria do jornal Valor, a conexão permitirá ao usuário fazer o download de imagens e conteúdo numa velocidade 2 mil vezes mais rápida que a dos serviços atuais. A nova tecnologia combina funções de televisão e computador. Até agora, as conexões por banda larga comercialmente em uso operam a uma velocidade de 2 megabits por segundo e o novo projeto tem velocidade de até 2 bilhões de bits por segundo.
'Zona FM' será rádio focada para prostitutas em Salvador
[09/03 - 09:31] Administração será feita pela Associação das Prostitutas da Bahia, que conseguiu a concessão através de um convênio com o Ministério da Cultura
Vem aí a 'Zona FM'. Ela será dirigida pela Aprosba - Associação das Prostitutas da Bahia -, e deve entrar em operação até o final de abril. O projeto saiu do papel depois da associação obter a concessão por meio de uma parceria com o Ministério da Cultura.
A emissora, que será transmitida em freqüência modulada, deverá ter base no Pelourinho, no casarão que serve de sede para a associação e vai veicular programas voltados para a categoria. A cooperativa pretende acertar parcerias com professores universitários e voluntários para os cargos da rádio, mas não descarta recorrer à iniciativa privada para tocar o projeto. A Aprosba tem mais de 3 mil associadas em Salvador.
Vem aí a 'Zona FM'. Ela será dirigida pela Aprosba - Associação das Prostitutas da Bahia -, e deve entrar em operação até o final de abril. O projeto saiu do papel depois da associação obter a concessão por meio de uma parceria com o Ministério da Cultura.
A emissora, que será transmitida em freqüência modulada, deverá ter base no Pelourinho, no casarão que serve de sede para a associação e vai veicular programas voltados para a categoria. A cooperativa pretende acertar parcerias com professores universitários e voluntários para os cargos da rádio, mas não descarta recorrer à iniciativa privada para tocar o projeto. A Aprosba tem mais de 3 mil associadas em Salvador.
13 março, 2006
IMPRESSÕES DIGITAIS
Editorial - Folha de São Paulo
Está próximo , ao que tudo indica, aquele que será o marco zero da TV
digital no Brasil: o decreto do presidente da República definindo a
tecnologia de modulação do sistema que promete revolucionar as comunicações.
A decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva está tomada em favor do
padrão japonês.
Em si mesma, a opção por conduzir a toque de caixa a escolha da tecnologia
que norteará o Sistema Brasileiro de TV Digital já demarca os interesses
derrotados. Ficou em segundo plano a tarefa fundamental: elaborar um novo
modelo de dispor de um bem público -a banda de transmissão- no contexto em
que a digitalização vai multiplicar as oportunidades de uso desse espaço.
Não pode passar sem crítica a atuação do ministro das Comunicações ao longo
do processo. Hélio Costa (PMDB-MG) não escondeu sua preferência por um dos
padrões, quando seu papel teria de ser o de árbitro da disputa, a fim de
maximizar concessões a favor do país, de seus cidadãos e de suas indústrias.
Distanciando-se da sua condição de autoridade pública e aproximando-se do
lobby, comportou-se como defensor dos interesses das redes de TV.
Surgiram dúvidas acerca da informação -que o ministério de Costa se contenta
em repassar- de que uma contrapartida da escolha do padrão japonês seria o
compromisso do país asiático de investir U$ 2 bilhões em uma fábrica de
semicondutores no Brasil. Consultados, produtores do Japão não confirmaram o
investimento. Dizem que se comprometeram a "estudar" o assunto.
Uma nova fábrica decerto amenizaria a expectativa de que os consumidores
brasileiros devem pagar mais caro para converter seus televisores à nova
tecnologia. O modelo não foi adotado em nenhum outro país a não ser no
próprio Japão, o que limita a escala de produção e, por conseqüência, a
queda de custos.
No futuro, a chamada convergência de mídias -o fim das fronteiras entre
radiodifusão, telefonia e internet- vai impor-se de modo inexorável, levando
de roldão todas as barreiras legais que hoje dificultam seu desenvolvimento
no Brasil. As redes de TVs sabem que terão concorrência pesada quando isso
acontecer. Portanto, não é pequena a vantagem que as emissoras conquistam
nessa disputa estratégica com a escolha do padrão japonês. De saída, afastam
a concorrência das companhias telefônicas, pois poderão transmitir conteúdo
diretamente para celulares.
Disputas empresariais, porém, não deveriam ser o foco principal da atuação
do poder público. Para a população, pouco importa se os interesses das
telefônicas prevalecerão sobre os das emissoras ou vice-versa -como pouco
relevante é a tecnologia escolhida.
A TV digital -seja no padrão europeu, seja no japonês- compacta a taxas
altíssimas a informação a ser emitida e aumenta exponencialmente a
capacidade de difusão de dados pelo ar. A faixa em que hoje trafega uma
transmissão televisiva poderá ser ocupada por seis emissoras. Ainda que a
maior parte do potencial extra seja usada para melhorar a qualidade da
imagem (TV de alta definição), restará espaço para outros fins.
Abre-se uma oportunidade de democratizar a radiodifusão. O modelo de
exploração da TV digital não pode partir do pressuposto de que a concessão
que as redes detêm para transmitir imagens significa monopólio de uma faixa
de freqüência. Essa é a discussão que mais interessa à sociedade. Ela
transcende disputas circunstanciais entre padrões tecnológicos ou setores
empresariais.
Está próximo , ao que tudo indica, aquele que será o marco zero da TV
digital no Brasil: o decreto do presidente da República definindo a
tecnologia de modulação do sistema que promete revolucionar as comunicações.
A decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva está tomada em favor do
padrão japonês.
Em si mesma, a opção por conduzir a toque de caixa a escolha da tecnologia
que norteará o Sistema Brasileiro de TV Digital já demarca os interesses
derrotados. Ficou em segundo plano a tarefa fundamental: elaborar um novo
modelo de dispor de um bem público -a banda de transmissão- no contexto em
que a digitalização vai multiplicar as oportunidades de uso desse espaço.
Não pode passar sem crítica a atuação do ministro das Comunicações ao longo
do processo. Hélio Costa (PMDB-MG) não escondeu sua preferência por um dos
padrões, quando seu papel teria de ser o de árbitro da disputa, a fim de
maximizar concessões a favor do país, de seus cidadãos e de suas indústrias.
Distanciando-se da sua condição de autoridade pública e aproximando-se do
lobby, comportou-se como defensor dos interesses das redes de TV.
Surgiram dúvidas acerca da informação -que o ministério de Costa se contenta
em repassar- de que uma contrapartida da escolha do padrão japonês seria o
compromisso do país asiático de investir U$ 2 bilhões em uma fábrica de
semicondutores no Brasil. Consultados, produtores do Japão não confirmaram o
investimento. Dizem que se comprometeram a "estudar" o assunto.
Uma nova fábrica decerto amenizaria a expectativa de que os consumidores
brasileiros devem pagar mais caro para converter seus televisores à nova
tecnologia. O modelo não foi adotado em nenhum outro país a não ser no
próprio Japão, o que limita a escala de produção e, por conseqüência, a
queda de custos.
No futuro, a chamada convergência de mídias -o fim das fronteiras entre
radiodifusão, telefonia e internet- vai impor-se de modo inexorável, levando
de roldão todas as barreiras legais que hoje dificultam seu desenvolvimento
no Brasil. As redes de TVs sabem que terão concorrência pesada quando isso
acontecer. Portanto, não é pequena a vantagem que as emissoras conquistam
nessa disputa estratégica com a escolha do padrão japonês. De saída, afastam
a concorrência das companhias telefônicas, pois poderão transmitir conteúdo
diretamente para celulares.
Disputas empresariais, porém, não deveriam ser o foco principal da atuação
do poder público. Para a população, pouco importa se os interesses das
telefônicas prevalecerão sobre os das emissoras ou vice-versa -como pouco
relevante é a tecnologia escolhida.
A TV digital -seja no padrão europeu, seja no japonês- compacta a taxas
altíssimas a informação a ser emitida e aumenta exponencialmente a
capacidade de difusão de dados pelo ar. A faixa em que hoje trafega uma
transmissão televisiva poderá ser ocupada por seis emissoras. Ainda que a
maior parte do potencial extra seja usada para melhorar a qualidade da
imagem (TV de alta definição), restará espaço para outros fins.
Abre-se uma oportunidade de democratizar a radiodifusão. O modelo de
exploração da TV digital não pode partir do pressuposto de que a concessão
que as redes detêm para transmitir imagens significa monopólio de uma faixa
de freqüência. Essa é a discussão que mais interessa à sociedade. Ela
transcende disputas circunstanciais entre padrões tecnológicos ou setores
empresariais.
09 março, 2006
TV digital terá implantação gradual no país
DANIEL CASTRO
Colunista da Folha de S.Paulo
A curto prazo, a TV digital vai mudar pouca coisa na vida do telespectador.
A tão falada "revolução" só ocorrerá com o aumento da produção de conteúdo
de alta definição, com o desenvolvimento de aplicações de interatividade e
com a venda de aparelhos que faça a convergência de mídias (ou seja, que
reúna televisão, internet e telefonia) a preços acessíveis.
Se o governo anunciar agora a opção pelo padrão de modulação japonês, as
redes prometem inaugurar as transmissões digitais em 7 de setembro. A Globo
articula um jogo da seleção brasileira. Pouco antes, na Copa do Mundo, já
deverão ocorrer transmissões experimentais, mas com recepção em pontos
específicos -não na sua casa.
Para receber sinal digital já em setembro, o telespectador precisará gastar
no mínimo R$ 200. Essa é a estimativa otimista do preço mais barato das
caixas decodificadoras (set-top boxes). Qualquer televisor comprado nesta
década poderá ser transformado em digital com uma caixa dessas. Uma TV de
tela plana já terá um ganho surpreendente. A principal diferença será no
formato de tela. Vigorará o formato 16:9, na mesma proporção das telas de
cinema.
No mercado de fabricantes de eletroeletrônicos, no entanto, há uma dúvida
crucial: pode faltar tempo para a indústria produzir set-top boxes em escala
suficiente para vendê-las, já em setembro, a preços competitivos. Os
fabricantes afirmam que precisam de pelo menos um ano, após a decisão do
sistema de TV digital, para começarem a produzir televisores e set-top boxes
em escala.
O principal argumento das redes na defesa do padrão japonês é que elas
oferecerão imagens de alta definição (HDTV), muito superiores às dos DVDs.
Mas não se anime. Em 7 de setembro, as redes já transmitirão em sinal
digital, mas pouquíssima coisa será em alta definição. A Globo ainda não
produz novelas em HDTV. Só seriados como "A Diarista".
Além disso, são poucos os modelos de TV já disponíveis e realmente prontos
para receber em HDTV -e custam a partir de R$ 15 mil. Alguns modelos de
plasma e LCD estão sendo vendidos como "ready to HDTV", mas não são. Antes
de comprar, verifique qual a resolução das imagens. Só são realmente HDTV os
que oferecem definição de 1.080 linhas.
Um sistema de TV digital é composto por quatro elementos: o padrão de
modulação, o padrão de codificação, o "middleware" (o sistema operacional,
algo como um Windows da TV digital) e a linha de retorno (como se dará a
volta da interatividade). Há dúvidas se o governo federal definirá já o
middleware, em que se rodarão softwares de interatividade.
A tendência é o governo optar por um middleware nacional, desenvolvido por
universidades brasileiras. Como essas tecnologias ainda não foram testadas,
há um certo medo rondando as redes de TV. Teme-se, por exemplo, que o
middleware nacional seja suscetível a ataques de hackers.
Além disso, a TV digital será implantada gradualmente em todo o país.
Primeiro, as redes instalarão novos transmissores em São Paulo, depois no
Rio e nas principais capitais. Deverá levar mais de dez anos para cobrir
todo o país.
Colunista da Folha de S.Paulo
A curto prazo, a TV digital vai mudar pouca coisa na vida do telespectador.
A tão falada "revolução" só ocorrerá com o aumento da produção de conteúdo
de alta definição, com o desenvolvimento de aplicações de interatividade e
com a venda de aparelhos que faça a convergência de mídias (ou seja, que
reúna televisão, internet e telefonia) a preços acessíveis.
Se o governo anunciar agora a opção pelo padrão de modulação japonês, as
redes prometem inaugurar as transmissões digitais em 7 de setembro. A Globo
articula um jogo da seleção brasileira. Pouco antes, na Copa do Mundo, já
deverão ocorrer transmissões experimentais, mas com recepção em pontos
específicos -não na sua casa.
Para receber sinal digital já em setembro, o telespectador precisará gastar
no mínimo R$ 200. Essa é a estimativa otimista do preço mais barato das
caixas decodificadoras (set-top boxes). Qualquer televisor comprado nesta
década poderá ser transformado em digital com uma caixa dessas. Uma TV de
tela plana já terá um ganho surpreendente. A principal diferença será no
formato de tela. Vigorará o formato 16:9, na mesma proporção das telas de
cinema.
No mercado de fabricantes de eletroeletrônicos, no entanto, há uma dúvida
crucial: pode faltar tempo para a indústria produzir set-top boxes em escala
suficiente para vendê-las, já em setembro, a preços competitivos. Os
fabricantes afirmam que precisam de pelo menos um ano, após a decisão do
sistema de TV digital, para começarem a produzir televisores e set-top boxes
em escala.
O principal argumento das redes na defesa do padrão japonês é que elas
oferecerão imagens de alta definição (HDTV), muito superiores às dos DVDs.
Mas não se anime. Em 7 de setembro, as redes já transmitirão em sinal
digital, mas pouquíssima coisa será em alta definição. A Globo ainda não
produz novelas em HDTV. Só seriados como "A Diarista".
Além disso, são poucos os modelos de TV já disponíveis e realmente prontos
para receber em HDTV -e custam a partir de R$ 15 mil. Alguns modelos de
plasma e LCD estão sendo vendidos como "ready to HDTV", mas não são. Antes
de comprar, verifique qual a resolução das imagens. Só são realmente HDTV os
que oferecem definição de 1.080 linhas.
Um sistema de TV digital é composto por quatro elementos: o padrão de
modulação, o padrão de codificação, o "middleware" (o sistema operacional,
algo como um Windows da TV digital) e a linha de retorno (como se dará a
volta da interatividade). Há dúvidas se o governo federal definirá já o
middleware, em que se rodarão softwares de interatividade.
A tendência é o governo optar por um middleware nacional, desenvolvido por
universidades brasileiras. Como essas tecnologias ainda não foram testadas,
há um certo medo rondando as redes de TV. Teme-se, por exemplo, que o
middleware nacional seja suscetível a ataques de hackers.
Além disso, a TV digital será implantada gradualmente em todo o país.
Primeiro, as redes instalarão novos transmissores em São Paulo, depois no
Rio e nas principais capitais. Deverá levar mais de dez anos para cobrir
todo o país.
Canadá prepara festival de filmes feitos no celular
Os novos diretores de cinema do Canadá esperam chegar ao grande a partir do bem
pequeno: telas de 5 x 5 cm, de acordo com os organizadores do primeiro festival
de filmes para celulares do Canadá, o Mobifest. Os produtores procuram filmes
de até 60 segundos que possam ser assistidos em celulares e outros pequenos
aparelhos portáteis.
"Há bilhões de celulares em todo o mundo, e uma porcentagem cada vez maior tem
vídeo", disse Duncan Kennedy, presidente da Nownow, que produz o evento. "É um
novo canal de distribuição para a realização cinematográfica independente",
completou.
Em Portugal e na Ásia foram criados outros festivais para o que se qualificou
de "salas de atenção de curta duração". Os executivos da indústria se reuniram
recentemente no Festival de Cinema de Sundance, nos Estados Unidos, para
analisar o futuro da tela pequena.
O Mobifest já tem várias obras candidatas, incluindo uma do animador norte-
americano Mike Browne, Brokeback Chicken, que satiriza o sucesso Brokeback
Mountain, que deu o Oscar de melhor diretor para Ang Lee. "Muitas dessas obras
são engraçadas", disse Kennedy. "Esperamos que as pessoas compartilhem estas
risadas. Quem não gostaria de ter uma piada no bolso?"
Os chamados "filmes de bolso" costumam ter diálogos limitados porque são
reproduzidos num telefone celular e normalmente competem com o ruído do
ambiente. "Habitualmente têm muitos planos fechados e títulos e texto em
tamanho grande", completa Kennedy.
Sua companhia, estabelecida em Toronto há um ano, produz e distribui filmes
feitos para celulares com patrocinadores e acordos com operadoras. Patrocinado
pela Palm Canadá, o Mobifest aceitará inscrições internacionais até o dia 30 de
abril. Os ganhadores serão anunciados no dia 17 de maio.
Os finalistas serão escolhidos por votação via Internet. Os internautas poderão
ver os filmes no site www.mobifest.ca. Depois, os juízes escolherão entre os
mais votados pela Web o melhor filme canadense para celular, o melhor filme
para celular, melhor roteiro e melhor realização com o Palm Treo.
Os ganhadores poderão ser vistos no Movieola, no canal de TV canadense Short
Films e nos vôos da Air Canada durante o inverno. O ganhador do festival também
receberá equipamentos para produção de filmes em celulares no valor de 1,5 mil
dólares canadenses, cerca de 1,1 mil euros. As informações são do IBLNews.com.
(As informações são do Terra - Tecnologia).
pequeno: telas de 5 x 5 cm, de acordo com os organizadores do primeiro festival
de filmes para celulares do Canadá, o Mobifest. Os produtores procuram filmes
de até 60 segundos que possam ser assistidos em celulares e outros pequenos
aparelhos portáteis.
"Há bilhões de celulares em todo o mundo, e uma porcentagem cada vez maior tem
vídeo", disse Duncan Kennedy, presidente da Nownow, que produz o evento. "É um
novo canal de distribuição para a realização cinematográfica independente",
completou.
Em Portugal e na Ásia foram criados outros festivais para o que se qualificou
de "salas de atenção de curta duração". Os executivos da indústria se reuniram
recentemente no Festival de Cinema de Sundance, nos Estados Unidos, para
analisar o futuro da tela pequena.
O Mobifest já tem várias obras candidatas, incluindo uma do animador norte-
americano Mike Browne, Brokeback Chicken, que satiriza o sucesso Brokeback
Mountain, que deu o Oscar de melhor diretor para Ang Lee. "Muitas dessas obras
são engraçadas", disse Kennedy. "Esperamos que as pessoas compartilhem estas
risadas. Quem não gostaria de ter uma piada no bolso?"
Os chamados "filmes de bolso" costumam ter diálogos limitados porque são
reproduzidos num telefone celular e normalmente competem com o ruído do
ambiente. "Habitualmente têm muitos planos fechados e títulos e texto em
tamanho grande", completa Kennedy.
Sua companhia, estabelecida em Toronto há um ano, produz e distribui filmes
feitos para celulares com patrocinadores e acordos com operadoras. Patrocinado
pela Palm Canadá, o Mobifest aceitará inscrições internacionais até o dia 30 de
abril. Os ganhadores serão anunciados no dia 17 de maio.
Os finalistas serão escolhidos por votação via Internet. Os internautas poderão
ver os filmes no site www.mobifest.ca. Depois, os juízes escolherão entre os
mais votados pela Web o melhor filme canadense para celular, o melhor filme
para celular, melhor roteiro e melhor realização com o Palm Treo.
Os ganhadores poderão ser vistos no Movieola, no canal de TV canadense Short
Films e nos vôos da Air Canada durante o inverno. O ganhador do festival também
receberá equipamentos para produção de filmes em celulares no valor de 1,5 mil
dólares canadenses, cerca de 1,1 mil euros. As informações são do IBLNews.com.
(As informações são do Terra - Tecnologia).
TV digital: acadêmicos pressionam governo
Breno Castro Alves (estagiário em São Paulo) / Sob supervisão de Miriam Abreu
Por volta de uma centena e meia de professores universitários brasileiros já assinou uma carta aberta criticando a postura assumida pelo ministro Hélio Costa (Comunicações) sobre a definição do modelo tecnológico a ser utilizado
pelo Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD). A crítica dos docentes
reside principalmente no fato de que a opção defendida por Costa, a adoção
do modelo japonês, ignora a tecnologia já produzida por 22 instituições
brasileiras, financiadas pelo Estado. O ministério alega que o interesse do
governo está no modelo que oferecer alta definição, portabilidade,
mobilidade, interatividade e gratuitade. O jornal Folha de S. Paulo estampou
em sua manchete desta quarta-feira (08/03) que a definição pelo padrão
japonês já teria sido tomada por Lula. Oficialmente, porém, o governo ainda
não se pronunciou a respeito.
Foram investidos aproximadamente R$ 50 milhões nessas pesquisas, frente uma
previsão inicial de R$ 80 milhões, e muitas delas já apresentaram resultados
práticos concretos. Por exemplo, a PUC-RS, sob o comando do pesquisador e
Dr. em Telecomunicações Fernando Castro, desenvolveu uma projeto de
modulação, que é a forma de transmissão de dados digitais, inovador e sem
nenhum compromisso com os modelos internacionais. O projeto já provou sua
funcionalidade em simulações por computador e deve garantir no mínimo quatro
patentes para o grupo.
Em reunião recente com os pesquisadores, o Governo Federal, através dos
Ministros Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia) e Dilma Rousseff
(Planejamento), garantiu que irá continuar fornecendo recursos para o
desenvolvimento dos projetos. Porém, o temor de alguns é que, caso o modelo
japonês seja adotado, toda essa pesquisa perca seu principal objetivo, a
formação de um modelo brasileiro completo de televisão digital, e migre para
novas alternativas ainda indefinidas. Porém, dentre os padrões
internacionais, o japonês é o único que contempla a possibilidade de
transferência de tecnologia, admitindo até mesmo absorver inovações
nacionais.
Democratização da comunicação
Além da questão da pesquisa, a carta cobra também uma maior discussão em
torno da perspectiva de multiplicação por, no mínimo, quatro a quantidade de
canais possíveis no espectro de transmissão. Há no governo quem sustente que
é inevitável a democratização da comunicação, pois a regulamentação das
novas concessões ficaria a cargo do legislativo federal e que nenhuma
emissora do país teria capacidade para produzir conteúdo suficiente para
preencher quatro grades horárias completas.
Porém, Diogo Moyses, representante do Intervozes - Coletivo Brasil de
Comunicação Social, que é uma entidade da sociedade civil que luta pela
democratização da comunicação no Brasil, discorda deste posicionamento do
Ministério. Defende que é necessária a definição primeiro do modelo de
serviço que será prestado pela televisão digital para que depois se defina a
tecnologia a ser utilizada. "Se definirmos o padrão tecnológico agora,
acontecerá a chamada política do fato consumado. Os testes com o padrão novo
se iniciarão emprestando para as emissoras já existentes o espectro digital
que comportaria até quatro canais, inviabilizando assim novas emissoras. Com
esse fato consumado, será o mercado que irá ditar a forma de exploração de
serviços".
Quanto ao controle legislativo, Moyses afirma que "a posteriori, o Congresso
Nacional tem o poder de regulamentar o universo da radiodifusão, mas a
história do Brasil prova que quando se toma uma decisão desse tipo ,quem de
fato regula e dita como vai ser explorado o serviço acaba sendo o mercado".
Ainda segundo Moyses, as grandes redes, detentoras das concessões atuais,
têm o interesse financeiro claro de manter reduzido o número de competidores
pela programação disponível em TV aberta. Mesmo com mais de um canal
disponível, elas não teriam interesse de produzir conteúdo para ser
veiculado por eles, pois isso elevaria os custos e diluiria o bolo
publicitário. Além disso, a legislação vigente permite a veiculação de
apenas um canal de conteúdo por concessão pública, embore o governo afirme
que todos os canais públicos e de educação terão prioridade nesse caso. As
teles utilizariam os canais disponíveis para transmitir a mesma programação
em diferentes níveis de qualidade: standard, para telefonia móvel; alta,
para televisões analógicas, e superalta, para televisões digitais.
A decisão sobre o modelo a ser adotado estava prevista para o dia 10/02, mas
foi prorrogada para o dia 10/03 pelo Executivo Federal. O Ministério das
Comunicações tem pressa para concluir esta decisão pois avalia que o mercado
de comunicação no País movimenta R$ 100 bilhões por ano e está ficando cada
vez mais defasado em relação aos países que já adotaram o sistema digital e
estão migrando para essa tecnologia, o que causaria prejuízo financeiro para
o Brasil. Uma fonte no governo alega que a discussão em torno da TV digital
no Brasil teve início em 1994 e que, desde 2003, quando o decreto 4901 foi
publicado com o cronograma, houve tempo suficiente para o debate.
Para o representante da Intervozes, a pressa na decisão é fruto de pressão
das grandes teles, que realizam uma chantagem política às vésperas da
eleição. "Os radiodifusores sabem que só em ano eleitoral seu poder político
se configura como um poder de fato, um poder estabelecido, e por isso não
querem perder a oportunidade".
Controle social
A Carta Aberta cobra também mais transparência no processo e um prazo maior
para que as instituições consigam finalizar suas pesquisas e para que a
sociedade possa debater o processo de forma satisfatória. O Ministério das
Comunicações afirma que o debate começou já em 1993, que em 2003, por meio
do Decreto nº 4901, o Governo Federal sistematizou o processo que levaria à
implementação do SBTVD e que de lá pra cá já foram realizadas 83 reuniões
abertas à participação da sociedade civil.
Moyses aponta que desde que Hélio Costa assumiu sua pasta, o ministro
provocou um gradual esvaziamento do Conselho Consultivo, órgão criado pelo
Decreto nº 4901, que tem como objetivos "propor as ações e as diretrizes
fundamentais relativas ao SBTVD e será integrado por representantes de
entidades que desenvolvam atividades relacionadas à tecnologia de televisão
digital". O ministério afirma que todos foram convidados a participar do
debate.
Segundo o representante da Intervozes, Hélio Costa boicotou o Conselho, pois
criou um canal privilegiado para os radidifusores se comunicarem diretamente
com o Ministério. Ele afirma que, desde sua fundação, o Conselho Consultivo
não produziu nenhum documento propondo ações e diretrizes para o SBTVD. No
dia 03/03, houve uma reunião convocada por membros do Conselho, e não por
seu presidente, o Ministro das Comunicações, o usual responsável pelas
convocações. Fruto deste encontro, o Conselho encaminhou para o Ministro e
para o Presidente Lula um documento afirmando que não havia cumprido
adequadamente seu papel no processo de decisão sobre os rumos da TV digital
no país.
O ministério rebate afirmando que não há canal privilegiado e que o ministro
Hélio Costa e o governo ouviram, entre outros, radiodifusores, indústria
eletroeletrônica, operadores de telefonia fexia e celular, cem instituições
de ensino, mais de mil cientistas. Também garante que todos os documentos
foram enviados.
Abaixo, segue a íntegra do documento e as assinaturas já colhidas.
Carta Aberta da comunidade acadêmica brasileira
"Por um Sistema Brasileiro de TV Digital que privilegie o interesse público
e fortaleça a democracia
Em 2003, o governo federal brasileiro convocou a comunidade acadêmica para
participar de uma importante pesquisa: o desenvolvimento do Sistema
Brasileiro de TV Digital (SBTVD). Mais de R$ 80 milhões foram previstos para
que diversos consórcios apresentassem propostas para a constituição de um
modelo que atendesse aos interesses da Nação.
Enquanto quase mil pesquisadores brasileiros estão produzindo conhecimento
nacional, a mídia comercial e o Ministério das Comunicações preferem
destacar "maravilhas" da TV digital vinculadas à criação de serviços
comerciais, produtos que certamente incrementariam os lucros dos detentores
das emissoras de televisão. No entanto, A TV digital pode fazer mais,
cumprindo um importante papel na afirmação da cidadania. Com o uso da
interatividade, por exemplo, a TV pode disponibilizar nas casas dos
brasileiros serviços interativos de educação (que respondem às demandas
específicas de cada usuário), de governo eletrônico (declaração de imposto
de renda, pagamento de taxas, extrato de fundo de garantia, boletim escolar
dos filhos, etc.), uso de correio eletrônico (cada brasileiro com uma conta
de e-mail) e, no limite, acesso à toda a Internet.
Outro grande impacto da TV digital que deve ser urgentemente discutido pela
sociedade é a possibilidade de inserção de mais canais de TV, a chamada
multi-programação. No mesmo espaço onde hoje se transmite um único canal, a
TV digital permite a recepção de quatro novas programações (desde que não
seja adotada a alta definição). Se levarmos em conta que a TV digital irá
ocupar (ao final do período de transição) o espaço que vai do canal 7 do VHF
ao 69 do UHF, veremos que se torna perfeitamente possível a ampliação dos
emissores de programação e, assim, a ampliação significativa dos produtores
de conteúdo televisivo. Assim, além dos operadores privados e estatais,
também sindicatos, associações, ONGs, movimentos sociais e emissoras geridas
coletivamente poderiam ter seus canais.
Apesar dos avanços nas pesquisas, que colocavam em primeiro plano a
importância do desenvolvimento de uma tecnologia nacional em favor do
interesse público, o ministro Hélio Costa, ao assumir a pasta das
Comunicações em julho último, transparece a intenção de privilegiar os
interesses empresariais (em especial os dos atuais detentores das concessões
públicas), nas definições sobre o SBTVD. Para o ministro - cujas declarações
vão na contra-mão das diretrizes definidas pela Presidência da República em
2003 - a televisão digital é uma questão a ser resolvida exclusivamente pelo
mercado.
Em função disso, inicia-se um grande movimento na sociedade civil
organizada, exigindo transparência na definição dos rumos que podem, ou não,
mudar radicalmente o cenário de monopólio e concentração que há décadas
caracteriza a radiodifusão no Brasil. Nesse sentido, a introdução da TV
Digital é uma grande chance para que o país caminhe rumo à democratização
das comunicações, além de uma oportunidade rara de elevar para um patamar
político o debate sobre o tema.
Diante da postura do titular da pasta das Comunicações, que coloca em xeque
o desenvolvimento de um Sistema Brasileiro de TV Digital que atenda aos
interesses do país, nós, professores(as) e pesquisadores(as) das
Comunicações vinculados às universidades brasileiras, convocamos os demais
colegas para a discussão e reivindicamos a urgente introdução de mecanismos
democráticos de debate sobre o SBDTV e o reconhecimento de sua importância
como instrumento de desenvolvimento do país. É fundamental que as decisões
sobre a TV Digital - que são políticas, não técnicas - sejam fruto de um
amplo debate público, não exclusivo do Executivo federal e dos empresários
do setor.
Assinam esse manifesto:
FAAP-SP
1. Profª. Luciana Rodrigues Silva
2. Prof. José Gozze
3. Prof. Eliseu de Souza Lopes Filho
4. Prof. Filipe Salles
FACHA (RJ)
5. Prof. Jackson Saboya
Faculdade Delta (BA)
6. Profª. Tatiana Loureiro da Silva
FTC (BA)
7. Profª. Marise Berta
8. Prof. Cláudio Luis Pereira
ICESP (DF)
9. Prof. Bráulio Ribeiro
IELUSC (SC)
10. Prof. Juciano Lacerda
IMESB
11. Prof. Angelo Sastre
PUC-Campinas
12. Profª. Ivete Cardoso do Carmo Roldão
13. Prof. Carlos Gilberto Roldão
PUC-RJ
14. Prof. Silvio Tendler
15. Profª. Ilana Santiago
PUC-RS
16. Prof. João Guilherme Barone Reis e Silva
PUC-SP
17. Profª. Margarethe Born Steinberger-Elias
18. Prof. Hamilton Pereira
19. Prof. Sérgio Nesteriuk
20. Prof. Luiz Egypto Cerqueira
21. Prof. Julio Wainer
22. Prof. Silvio Mieli
UBM - Universidade de Barra Mansa
23. Profª. Ana Lúcia Correa de Souza
24. Prof. Algacir Ayres
25. Profª. Salete Leone Ferreira
26. Profª. Maria Helena Silva de Souza Vichi
27. Profª. Florência Cruz da Rocha
28. Profª. Alessandra Moschen
29. Profª. Beatriz Pacheco
30. Prof. Jorge Guilherme
31. Prof. Luís Claudio Hermógenes
32. Prof. Enio Puello
33. Prof. Edgard Bedê
34. Prof. Fernando Pedrosa
35. Prof. Alvaro Britto
UERN
36. Profª. Glícia Maria Pontes Bezerra
UESB
37. Prof. Luiz Henrique Sá da Nova
UFAL
38. Prof. Pedro Nunes
39. Prof. Jose Luiz Lemos Silva
UFBA
40. Prof. Albino Rubim
41. Prof. André Lemos
42. Prof. Elias Machado
43. Prof. Wilson Gomes
44. Prof. Jorge Almeida
45. Prof. Umbelino Brasil
46. Prof. Marcos Palacios
UFC
47. Profª. Inês Silvia Vitorino Sampaio
UFES
48. Prof. Alexandre Curtiss
49. Profª. Ruth Reis
50. Prof. Cleber Carminati
51. Prof. Victor Gentilli
52. Prof. Saskia Sá
53. Prof. José Roberto Ferreira Cintra
54. Prof. Cleber Carminati
55. Prof. Manoelito Martins de Souza
56. Prof. Luciano Magno Costalonga Varejão
57. Prof. Artelirio Bolsanello
58. Prof. Robson Loureiro
59. Profª. Jeane Andréia Ferraz Silva
60. Profª. Tânia Mara Corrêa Ferreira
61. Prof. Jonas Braz Murari
62. Profª. Odiléa Dessaune de Almeida
63. Prof. José Antônio Saadi Abi-Zaid
64. Prof. Camillo Nassar Chamoun
65. Prof. Luiz Cláudio Moisés Ribeiro
66. Profª. Maria Cristina Ramos
67. Profª. Cicilia Maria Krohling Peruzzo
68. Prof. Danilo de Carvalho
69. Profª. Maria Thereza Pinheiro Gama
70. Profª. Rachel Maria Baião Duemke
71. Profª. Vania Manfroi
72. Prof. Josenildo Luiz Guerra
73. Profª. Juçara Brites
74. Profª. Desirée Cipriano Rabelo
UFF
75. Prof. Dênis de Moraes
76. Prof. João Luis Leocadio da Nova
77. Prof. Leandro José Luz Riodades de Mendonça
78. Profª. Maria Heloisa Toledo Machado
79. Prof. Antonio Carlos Amâncio da Silva
80. Prof. Samuel Strappa
81. Prof. Adilson Vaz Cabral Filho
UFG
82. Prof. Luiz Antônio Signates Freitas
83. Prof. Nilton José dos Reis Rocha
UFJF
84. Profª. Iluska Maria da Silva Coutinho
UFMA
85. Prof. Francisco Gonçalves da Conceição
86. Profª. Jovelina Maria Oliveira dos Reis
87. Profª Joanita Mota de Ataide
88. Prof. Silvano Alves Bezerra da Silva
89. Prof. José Ribamar Ferreira Júnior
90. Prof. Protásio Cezar dos Santos
91. Profª Patrícia Kely Azambuja
92. Profª Marcelle Oliveira Torres
93. Prof. Elias David Azulay
94. Prof. Adalberto Melo Ferreira
95. Profª Francinete Louseiro de Almeida
96. Profª Amarílis Cardoso
97. Prof. Franklin Douglas Ferreira
98. Profª. Francisca Ester de Sá Marques
UFMG
99. Prof. Leonardo Alvarez Vidigal
100. Prof. Francisco Carlos de Carvalho Marinho
101. Prof. Evandro Lemos da Cunha
UFMS
102. Prof. Mauro César Silveira
UFPA
103. Profª. Luciana M.Costa
104. Profª. Netília Silva dos Anjos Seixas
UFPE
105. Profª. Maria Eduarda da Mota Rocha
106. Prof. Luiz Anastácio Momesso
UFPI
107. Prof. Francisco Laerte Juvêncio Magalhães
UFRJ
108. Profª. Ivana Bentes
109. Profª. Raquel Paiva
UFRN
110. Prof. Gerson Luiz Martins
111. Profª. Kênia Beatriz Ferreira Maia
112. Prof. Cipriano Maia de Vasconcelos
113. Profª. Elizabette Souza
UFS
114. Prof. César Bolaño
UFSCar
115. Profª. Cristina Toshie Lucena Nishio
116. Prof. Arthur Autran Franco de Sá Neto
UnB
117. Prof. Murilo César Ramos
118. Prof. Venício Artur de Lima (aposentado)
119. Profª. Dácia Ibiapina da Silva
120. Prof. Carlos Henrique Novis
121. Prof. Luiz Gonzaga Motta
122. Prof. Carlos Eduardo Esch
123. Prof. Luiz Martins da Silva
124. Profª. Suzy dos Santos
125. Prof. Érico da Silveira
126. Prof. Fernando Oliveira Paulino
UNIANDRADE (PR)
127. Prof. José Marinho
UNICAMP
128. Prof. Paulo Bastos Martins
129. Prof. Adilson José Ruiz
UNICENP (PR)
130. Prof. Élson Faxina
131. Prof. Rafael Rosa Hagemeyer
UNIDERP (MS)
132. Profª. Andréa Ferraz Fernandez
UNIFLU (RJ)
133. Prof. Vitor Luiz Menezes Gomes
UNIMEP (SP)
134. Prof. Paulo Roberto Botão
UNIP (SP)
135. Profª. Luiza Lusvarghi
UNISINOS (RS)
136. Profª. Cosette Castro
137. Prof. Valério Brittos
UNISUL (SC)
138. Profª. Cláudia Aguiyrre
139. Prof. Peter Lorenzo
UniverCidade (RJ)
140. Profª. Eula Dantas Taveira Cabral
Universidade Castelo Branco (RJ)
141. Profª. Carmen Lucia Ribeiro Pereira
USP
142. Prof. Mauro Wilton de Sousa
143. Prof. Laurindo Leal Filho
144. Profª. Maria Dora Genis Mourão
145. Prof. José Coelho Sobrinho
146. Prof. José Roberto Ferreira Cintra
UTP (PR)
147. Profª. Elza Correa
Além da manifestação dos docentes, o Intervozes também organiza outros dois
abaixo-assinados, um para pessoas físicas e outro para pessoas jurídicas."
Por volta de uma centena e meia de professores universitários brasileiros já assinou uma carta aberta criticando a postura assumida pelo ministro Hélio Costa (Comunicações) sobre a definição do modelo tecnológico a ser utilizado
pelo Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD). A crítica dos docentes
reside principalmente no fato de que a opção defendida por Costa, a adoção
do modelo japonês, ignora a tecnologia já produzida por 22 instituições
brasileiras, financiadas pelo Estado. O ministério alega que o interesse do
governo está no modelo que oferecer alta definição, portabilidade,
mobilidade, interatividade e gratuitade. O jornal Folha de S. Paulo estampou
em sua manchete desta quarta-feira (08/03) que a definição pelo padrão
japonês já teria sido tomada por Lula. Oficialmente, porém, o governo ainda
não se pronunciou a respeito.
Foram investidos aproximadamente R$ 50 milhões nessas pesquisas, frente uma
previsão inicial de R$ 80 milhões, e muitas delas já apresentaram resultados
práticos concretos. Por exemplo, a PUC-RS, sob o comando do pesquisador e
Dr. em Telecomunicações Fernando Castro, desenvolveu uma projeto de
modulação, que é a forma de transmissão de dados digitais, inovador e sem
nenhum compromisso com os modelos internacionais. O projeto já provou sua
funcionalidade em simulações por computador e deve garantir no mínimo quatro
patentes para o grupo.
Em reunião recente com os pesquisadores, o Governo Federal, através dos
Ministros Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia) e Dilma Rousseff
(Planejamento), garantiu que irá continuar fornecendo recursos para o
desenvolvimento dos projetos. Porém, o temor de alguns é que, caso o modelo
japonês seja adotado, toda essa pesquisa perca seu principal objetivo, a
formação de um modelo brasileiro completo de televisão digital, e migre para
novas alternativas ainda indefinidas. Porém, dentre os padrões
internacionais, o japonês é o único que contempla a possibilidade de
transferência de tecnologia, admitindo até mesmo absorver inovações
nacionais.
Democratização da comunicação
Além da questão da pesquisa, a carta cobra também uma maior discussão em
torno da perspectiva de multiplicação por, no mínimo, quatro a quantidade de
canais possíveis no espectro de transmissão. Há no governo quem sustente que
é inevitável a democratização da comunicação, pois a regulamentação das
novas concessões ficaria a cargo do legislativo federal e que nenhuma
emissora do país teria capacidade para produzir conteúdo suficiente para
preencher quatro grades horárias completas.
Porém, Diogo Moyses, representante do Intervozes - Coletivo Brasil de
Comunicação Social, que é uma entidade da sociedade civil que luta pela
democratização da comunicação no Brasil, discorda deste posicionamento do
Ministério. Defende que é necessária a definição primeiro do modelo de
serviço que será prestado pela televisão digital para que depois se defina a
tecnologia a ser utilizada. "Se definirmos o padrão tecnológico agora,
acontecerá a chamada política do fato consumado. Os testes com o padrão novo
se iniciarão emprestando para as emissoras já existentes o espectro digital
que comportaria até quatro canais, inviabilizando assim novas emissoras. Com
esse fato consumado, será o mercado que irá ditar a forma de exploração de
serviços".
Quanto ao controle legislativo, Moyses afirma que "a posteriori, o Congresso
Nacional tem o poder de regulamentar o universo da radiodifusão, mas a
história do Brasil prova que quando se toma uma decisão desse tipo ,quem de
fato regula e dita como vai ser explorado o serviço acaba sendo o mercado".
Ainda segundo Moyses, as grandes redes, detentoras das concessões atuais,
têm o interesse financeiro claro de manter reduzido o número de competidores
pela programação disponível em TV aberta. Mesmo com mais de um canal
disponível, elas não teriam interesse de produzir conteúdo para ser
veiculado por eles, pois isso elevaria os custos e diluiria o bolo
publicitário. Além disso, a legislação vigente permite a veiculação de
apenas um canal de conteúdo por concessão pública, embore o governo afirme
que todos os canais públicos e de educação terão prioridade nesse caso. As
teles utilizariam os canais disponíveis para transmitir a mesma programação
em diferentes níveis de qualidade: standard, para telefonia móvel; alta,
para televisões analógicas, e superalta, para televisões digitais.
A decisão sobre o modelo a ser adotado estava prevista para o dia 10/02, mas
foi prorrogada para o dia 10/03 pelo Executivo Federal. O Ministério das
Comunicações tem pressa para concluir esta decisão pois avalia que o mercado
de comunicação no País movimenta R$ 100 bilhões por ano e está ficando cada
vez mais defasado em relação aos países que já adotaram o sistema digital e
estão migrando para essa tecnologia, o que causaria prejuízo financeiro para
o Brasil. Uma fonte no governo alega que a discussão em torno da TV digital
no Brasil teve início em 1994 e que, desde 2003, quando o decreto 4901 foi
publicado com o cronograma, houve tempo suficiente para o debate.
Para o representante da Intervozes, a pressa na decisão é fruto de pressão
das grandes teles, que realizam uma chantagem política às vésperas da
eleição. "Os radiodifusores sabem que só em ano eleitoral seu poder político
se configura como um poder de fato, um poder estabelecido, e por isso não
querem perder a oportunidade".
Controle social
A Carta Aberta cobra também mais transparência no processo e um prazo maior
para que as instituições consigam finalizar suas pesquisas e para que a
sociedade possa debater o processo de forma satisfatória. O Ministério das
Comunicações afirma que o debate começou já em 1993, que em 2003, por meio
do Decreto nº 4901, o Governo Federal sistematizou o processo que levaria à
implementação do SBTVD e que de lá pra cá já foram realizadas 83 reuniões
abertas à participação da sociedade civil.
Moyses aponta que desde que Hélio Costa assumiu sua pasta, o ministro
provocou um gradual esvaziamento do Conselho Consultivo, órgão criado pelo
Decreto nº 4901, que tem como objetivos "propor as ações e as diretrizes
fundamentais relativas ao SBTVD e será integrado por representantes de
entidades que desenvolvam atividades relacionadas à tecnologia de televisão
digital". O ministério afirma que todos foram convidados a participar do
debate.
Segundo o representante da Intervozes, Hélio Costa boicotou o Conselho, pois
criou um canal privilegiado para os radidifusores se comunicarem diretamente
com o Ministério. Ele afirma que, desde sua fundação, o Conselho Consultivo
não produziu nenhum documento propondo ações e diretrizes para o SBTVD. No
dia 03/03, houve uma reunião convocada por membros do Conselho, e não por
seu presidente, o Ministro das Comunicações, o usual responsável pelas
convocações. Fruto deste encontro, o Conselho encaminhou para o Ministro e
para o Presidente Lula um documento afirmando que não havia cumprido
adequadamente seu papel no processo de decisão sobre os rumos da TV digital
no país.
O ministério rebate afirmando que não há canal privilegiado e que o ministro
Hélio Costa e o governo ouviram, entre outros, radiodifusores, indústria
eletroeletrônica, operadores de telefonia fexia e celular, cem instituições
de ensino, mais de mil cientistas. Também garante que todos os documentos
foram enviados.
Abaixo, segue a íntegra do documento e as assinaturas já colhidas.
Carta Aberta da comunidade acadêmica brasileira
"Por um Sistema Brasileiro de TV Digital que privilegie o interesse público
e fortaleça a democracia
Em 2003, o governo federal brasileiro convocou a comunidade acadêmica para
participar de uma importante pesquisa: o desenvolvimento do Sistema
Brasileiro de TV Digital (SBTVD). Mais de R$ 80 milhões foram previstos para
que diversos consórcios apresentassem propostas para a constituição de um
modelo que atendesse aos interesses da Nação.
Enquanto quase mil pesquisadores brasileiros estão produzindo conhecimento
nacional, a mídia comercial e o Ministério das Comunicações preferem
destacar "maravilhas" da TV digital vinculadas à criação de serviços
comerciais, produtos que certamente incrementariam os lucros dos detentores
das emissoras de televisão. No entanto, A TV digital pode fazer mais,
cumprindo um importante papel na afirmação da cidadania. Com o uso da
interatividade, por exemplo, a TV pode disponibilizar nas casas dos
brasileiros serviços interativos de educação (que respondem às demandas
específicas de cada usuário), de governo eletrônico (declaração de imposto
de renda, pagamento de taxas, extrato de fundo de garantia, boletim escolar
dos filhos, etc.), uso de correio eletrônico (cada brasileiro com uma conta
de e-mail) e, no limite, acesso à toda a Internet.
Outro grande impacto da TV digital que deve ser urgentemente discutido pela
sociedade é a possibilidade de inserção de mais canais de TV, a chamada
multi-programação. No mesmo espaço onde hoje se transmite um único canal, a
TV digital permite a recepção de quatro novas programações (desde que não
seja adotada a alta definição). Se levarmos em conta que a TV digital irá
ocupar (ao final do período de transição) o espaço que vai do canal 7 do VHF
ao 69 do UHF, veremos que se torna perfeitamente possível a ampliação dos
emissores de programação e, assim, a ampliação significativa dos produtores
de conteúdo televisivo. Assim, além dos operadores privados e estatais,
também sindicatos, associações, ONGs, movimentos sociais e emissoras geridas
coletivamente poderiam ter seus canais.
Apesar dos avanços nas pesquisas, que colocavam em primeiro plano a
importância do desenvolvimento de uma tecnologia nacional em favor do
interesse público, o ministro Hélio Costa, ao assumir a pasta das
Comunicações em julho último, transparece a intenção de privilegiar os
interesses empresariais (em especial os dos atuais detentores das concessões
públicas), nas definições sobre o SBTVD. Para o ministro - cujas declarações
vão na contra-mão das diretrizes definidas pela Presidência da República em
2003 - a televisão digital é uma questão a ser resolvida exclusivamente pelo
mercado.
Em função disso, inicia-se um grande movimento na sociedade civil
organizada, exigindo transparência na definição dos rumos que podem, ou não,
mudar radicalmente o cenário de monopólio e concentração que há décadas
caracteriza a radiodifusão no Brasil. Nesse sentido, a introdução da TV
Digital é uma grande chance para que o país caminhe rumo à democratização
das comunicações, além de uma oportunidade rara de elevar para um patamar
político o debate sobre o tema.
Diante da postura do titular da pasta das Comunicações, que coloca em xeque
o desenvolvimento de um Sistema Brasileiro de TV Digital que atenda aos
interesses do país, nós, professores(as) e pesquisadores(as) das
Comunicações vinculados às universidades brasileiras, convocamos os demais
colegas para a discussão e reivindicamos a urgente introdução de mecanismos
democráticos de debate sobre o SBDTV e o reconhecimento de sua importância
como instrumento de desenvolvimento do país. É fundamental que as decisões
sobre a TV Digital - que são políticas, não técnicas - sejam fruto de um
amplo debate público, não exclusivo do Executivo federal e dos empresários
do setor.
Assinam esse manifesto:
FAAP-SP
1. Profª. Luciana Rodrigues Silva
2. Prof. José Gozze
3. Prof. Eliseu de Souza Lopes Filho
4. Prof. Filipe Salles
FACHA (RJ)
5. Prof. Jackson Saboya
Faculdade Delta (BA)
6. Profª. Tatiana Loureiro da Silva
FTC (BA)
7. Profª. Marise Berta
8. Prof. Cláudio Luis Pereira
ICESP (DF)
9. Prof. Bráulio Ribeiro
IELUSC (SC)
10. Prof. Juciano Lacerda
IMESB
11. Prof. Angelo Sastre
PUC-Campinas
12. Profª. Ivete Cardoso do Carmo Roldão
13. Prof. Carlos Gilberto Roldão
PUC-RJ
14. Prof. Silvio Tendler
15. Profª. Ilana Santiago
PUC-RS
16. Prof. João Guilherme Barone Reis e Silva
PUC-SP
17. Profª. Margarethe Born Steinberger-Elias
18. Prof. Hamilton Pereira
19. Prof. Sérgio Nesteriuk
20. Prof. Luiz Egypto Cerqueira
21. Prof. Julio Wainer
22. Prof. Silvio Mieli
UBM - Universidade de Barra Mansa
23. Profª. Ana Lúcia Correa de Souza
24. Prof. Algacir Ayres
25. Profª. Salete Leone Ferreira
26. Profª. Maria Helena Silva de Souza Vichi
27. Profª. Florência Cruz da Rocha
28. Profª. Alessandra Moschen
29. Profª. Beatriz Pacheco
30. Prof. Jorge Guilherme
31. Prof. Luís Claudio Hermógenes
32. Prof. Enio Puello
33. Prof. Edgard Bedê
34. Prof. Fernando Pedrosa
35. Prof. Alvaro Britto
UERN
36. Profª. Glícia Maria Pontes Bezerra
UESB
37. Prof. Luiz Henrique Sá da Nova
UFAL
38. Prof. Pedro Nunes
39. Prof. Jose Luiz Lemos Silva
UFBA
40. Prof. Albino Rubim
41. Prof. André Lemos
42. Prof. Elias Machado
43. Prof. Wilson Gomes
44. Prof. Jorge Almeida
45. Prof. Umbelino Brasil
46. Prof. Marcos Palacios
UFC
47. Profª. Inês Silvia Vitorino Sampaio
UFES
48. Prof. Alexandre Curtiss
49. Profª. Ruth Reis
50. Prof. Cleber Carminati
51. Prof. Victor Gentilli
52. Prof. Saskia Sá
53. Prof. José Roberto Ferreira Cintra
54. Prof. Cleber Carminati
55. Prof. Manoelito Martins de Souza
56. Prof. Luciano Magno Costalonga Varejão
57. Prof. Artelirio Bolsanello
58. Prof. Robson Loureiro
59. Profª. Jeane Andréia Ferraz Silva
60. Profª. Tânia Mara Corrêa Ferreira
61. Prof. Jonas Braz Murari
62. Profª. Odiléa Dessaune de Almeida
63. Prof. José Antônio Saadi Abi-Zaid
64. Prof. Camillo Nassar Chamoun
65. Prof. Luiz Cláudio Moisés Ribeiro
66. Profª. Maria Cristina Ramos
67. Profª. Cicilia Maria Krohling Peruzzo
68. Prof. Danilo de Carvalho
69. Profª. Maria Thereza Pinheiro Gama
70. Profª. Rachel Maria Baião Duemke
71. Profª. Vania Manfroi
72. Prof. Josenildo Luiz Guerra
73. Profª. Juçara Brites
74. Profª. Desirée Cipriano Rabelo
UFF
75. Prof. Dênis de Moraes
76. Prof. João Luis Leocadio da Nova
77. Prof. Leandro José Luz Riodades de Mendonça
78. Profª. Maria Heloisa Toledo Machado
79. Prof. Antonio Carlos Amâncio da Silva
80. Prof. Samuel Strappa
81. Prof. Adilson Vaz Cabral Filho
UFG
82. Prof. Luiz Antônio Signates Freitas
83. Prof. Nilton José dos Reis Rocha
UFJF
84. Profª. Iluska Maria da Silva Coutinho
UFMA
85. Prof. Francisco Gonçalves da Conceição
86. Profª. Jovelina Maria Oliveira dos Reis
87. Profª Joanita Mota de Ataide
88. Prof. Silvano Alves Bezerra da Silva
89. Prof. José Ribamar Ferreira Júnior
90. Prof. Protásio Cezar dos Santos
91. Profª Patrícia Kely Azambuja
92. Profª Marcelle Oliveira Torres
93. Prof. Elias David Azulay
94. Prof. Adalberto Melo Ferreira
95. Profª Francinete Louseiro de Almeida
96. Profª Amarílis Cardoso
97. Prof. Franklin Douglas Ferreira
98. Profª. Francisca Ester de Sá Marques
UFMG
99. Prof. Leonardo Alvarez Vidigal
100. Prof. Francisco Carlos de Carvalho Marinho
101. Prof. Evandro Lemos da Cunha
UFMS
102. Prof. Mauro César Silveira
UFPA
103. Profª. Luciana M.Costa
104. Profª. Netília Silva dos Anjos Seixas
UFPE
105. Profª. Maria Eduarda da Mota Rocha
106. Prof. Luiz Anastácio Momesso
UFPI
107. Prof. Francisco Laerte Juvêncio Magalhães
UFRJ
108. Profª. Ivana Bentes
109. Profª. Raquel Paiva
UFRN
110. Prof. Gerson Luiz Martins
111. Profª. Kênia Beatriz Ferreira Maia
112. Prof. Cipriano Maia de Vasconcelos
113. Profª. Elizabette Souza
UFS
114. Prof. César Bolaño
UFSCar
115. Profª. Cristina Toshie Lucena Nishio
116. Prof. Arthur Autran Franco de Sá Neto
UnB
117. Prof. Murilo César Ramos
118. Prof. Venício Artur de Lima (aposentado)
119. Profª. Dácia Ibiapina da Silva
120. Prof. Carlos Henrique Novis
121. Prof. Luiz Gonzaga Motta
122. Prof. Carlos Eduardo Esch
123. Prof. Luiz Martins da Silva
124. Profª. Suzy dos Santos
125. Prof. Érico da Silveira
126. Prof. Fernando Oliveira Paulino
UNIANDRADE (PR)
127. Prof. José Marinho
UNICAMP
128. Prof. Paulo Bastos Martins
129. Prof. Adilson José Ruiz
UNICENP (PR)
130. Prof. Élson Faxina
131. Prof. Rafael Rosa Hagemeyer
UNIDERP (MS)
132. Profª. Andréa Ferraz Fernandez
UNIFLU (RJ)
133. Prof. Vitor Luiz Menezes Gomes
UNIMEP (SP)
134. Prof. Paulo Roberto Botão
UNIP (SP)
135. Profª. Luiza Lusvarghi
UNISINOS (RS)
136. Profª. Cosette Castro
137. Prof. Valério Brittos
UNISUL (SC)
138. Profª. Cláudia Aguiyrre
139. Prof. Peter Lorenzo
UniverCidade (RJ)
140. Profª. Eula Dantas Taveira Cabral
Universidade Castelo Branco (RJ)
141. Profª. Carmen Lucia Ribeiro Pereira
USP
142. Prof. Mauro Wilton de Sousa
143. Prof. Laurindo Leal Filho
144. Profª. Maria Dora Genis Mourão
145. Prof. José Coelho Sobrinho
146. Prof. José Roberto Ferreira Cintra
UTP (PR)
147. Profª. Elza Correa
Além da manifestação dos docentes, o Intervozes também organiza outros dois
abaixo-assinados, um para pessoas físicas e outro para pessoas jurídicas."
Lula escolhe padrão japonês para TV digital
KENNEDY ALENCAR
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o Brasil adotará o padrão de TV digital japonês (ISDB), segundo apurou a Folha. O próprio Lula deve anunciar a decisão depois de amanhã.
Após uma dura batalha de bastidores entre os defensores dos padrões japonês, americano (ATSC) e europeu (DVB), o presidente optou pelo primeiro por avaliar que essa proposta trará mais vantagens ao Brasil e às grandes empresas de comunicação do país -entre as quais as Organizações Globo.
Os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Hélio Costa (Comunicações) já negociam um pacote de investimentos em troca da decisão. Houve uma reunião ontem na Casa Civil com autoridades e empresários japoneses.
O governo já obteve do Japão o compromisso de que cerca de US$ 2 bilhões serão investidos para a fabricação de semicondutores (componente usado na fabricação de transístores e microprocessadores, por exemplo) e TVs de plasma. A decisão pelo padrão japonês foi tomada na semana passada por Lula, que orientou seus ministros a negociar com o Japão as contrapartidas para que o anúncio produza ganho político no ano eleitoral.
Além do compromisso de investimentos e da transferência de tecnologia, Lula disse a auxiliares que pesou na decisão o padrão japonês permitir maior tempo de adaptação à era digital dos atuais aparelhos de sinal analógico.
Ou seja, enquanto os americanos e os europeus previam uma fase de transição mais rápida, os japoneses se dispuseram a tornar esse período mais longo num país pobre em que a TV está instalada em mais de 90% dos domicílios.
Uma fase de transição mais longa resultará em menor custo ao consumidor, que terá mais tempo para continuar com seu televisor atual sem precisar comprar um decodificador do sinal digital ou um aparelho novo já com o equipamento.
O presidente também levou em conta o lobby das grandes emissoras de TV do Brasil a favor do padrão japonês. Não seria inteligente do ponto de vista político, avalia Lula, contrariar essas empresas no ano em que disputará a reeleição. Mais: as grandes TVs do Brasil dizem que o padrão japonês permitirá maior controle nacional sobre o conteúdo transmitido. Como o Brasil é um país com uma indústria de entretenimento televisivo de ponta, o governo avalia que é uma decisão estratégica defender os interesses das companhias nacionais.
Parte do PT chegou a fazer pressão a favor do padrão europeu, espécie de segundo colocado nos critérios do governo. Apesar desse lobby e do interesse das operadoras de telefonia no padrão europeu, que permitiria sua entrada na área de conteúdo, o governo não conseguiu dos europeus as contrapartidas oferecidas pelos japoneses. Nas discussões internas, Hélio Costa, ex-repórter da Globo, argumentou que o padrão japonês tinha também maior qualidade técnica e que, do ponto de vista tecnológico, seria superior ao americano e ao europeu.
O padrão de TV digital americano foi o último colocado na avaliação do governo. Os EUA e as empresas americanas se recusaram a fazer transferência de tecnologia e a instalar fábricas no país. Hoje, as empresas que produzem TV no Brasil são praticamente montadoras. A maioria dos componentes de alta tecnologia é importada. No acordo com os japoneses, parcela desses componentes seria fabricada no Brasil.
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o Brasil adotará o padrão de TV digital japonês (ISDB), segundo apurou a Folha. O próprio Lula deve anunciar a decisão depois de amanhã.
Após uma dura batalha de bastidores entre os defensores dos padrões japonês, americano (ATSC) e europeu (DVB), o presidente optou pelo primeiro por avaliar que essa proposta trará mais vantagens ao Brasil e às grandes empresas de comunicação do país -entre as quais as Organizações Globo.
Os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Hélio Costa (Comunicações) já negociam um pacote de investimentos em troca da decisão. Houve uma reunião ontem na Casa Civil com autoridades e empresários japoneses.
O governo já obteve do Japão o compromisso de que cerca de US$ 2 bilhões serão investidos para a fabricação de semicondutores (componente usado na fabricação de transístores e microprocessadores, por exemplo) e TVs de plasma. A decisão pelo padrão japonês foi tomada na semana passada por Lula, que orientou seus ministros a negociar com o Japão as contrapartidas para que o anúncio produza ganho político no ano eleitoral.
Além do compromisso de investimentos e da transferência de tecnologia, Lula disse a auxiliares que pesou na decisão o padrão japonês permitir maior tempo de adaptação à era digital dos atuais aparelhos de sinal analógico.
Ou seja, enquanto os americanos e os europeus previam uma fase de transição mais rápida, os japoneses se dispuseram a tornar esse período mais longo num país pobre em que a TV está instalada em mais de 90% dos domicílios.
Uma fase de transição mais longa resultará em menor custo ao consumidor, que terá mais tempo para continuar com seu televisor atual sem precisar comprar um decodificador do sinal digital ou um aparelho novo já com o equipamento.
O presidente também levou em conta o lobby das grandes emissoras de TV do Brasil a favor do padrão japonês. Não seria inteligente do ponto de vista político, avalia Lula, contrariar essas empresas no ano em que disputará a reeleição. Mais: as grandes TVs do Brasil dizem que o padrão japonês permitirá maior controle nacional sobre o conteúdo transmitido. Como o Brasil é um país com uma indústria de entretenimento televisivo de ponta, o governo avalia que é uma decisão estratégica defender os interesses das companhias nacionais.
Parte do PT chegou a fazer pressão a favor do padrão europeu, espécie de segundo colocado nos critérios do governo. Apesar desse lobby e do interesse das operadoras de telefonia no padrão europeu, que permitiria sua entrada na área de conteúdo, o governo não conseguiu dos europeus as contrapartidas oferecidas pelos japoneses. Nas discussões internas, Hélio Costa, ex-repórter da Globo, argumentou que o padrão japonês tinha também maior qualidade técnica e que, do ponto de vista tecnológico, seria superior ao americano e ao europeu.
O padrão de TV digital americano foi o último colocado na avaliação do governo. Os EUA e as empresas americanas se recusaram a fazer transferência de tecnologia e a instalar fábricas no país. Hoje, as empresas que produzem TV no Brasil são praticamente montadoras. A maioria dos componentes de alta tecnologia é importada. No acordo com os japoneses, parcela desses componentes seria fabricada no Brasil.
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