André Silveira e Marcelo Affini
[27/01 - 19:59] Carta de apoio ao sistema japonês tem assinatura de integrantes da Abra
Apesar de a Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra) ter negado, as suas emissoras associadas (Band, SBT e Rede TV) assinaram sim a carta encaminhada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na qual manifestam que o padrão japonês é a melhor opção de interatividade, alta definição e transmissão simultânea de programas em receptores fixos, móveis e portáteis.
O item 3 da carta, datada de 18 de janeiro, informa que " o Sistema Brasileiro de Televisão Digital deve garantir gratuitamente à população o serviço de melhor qualidade e otimização do espectro: -Transmissão de programas em Alta Definição (HDTV/6 MHz) e em Definição Padrão (SDTV); - Transmissão em programas a serem recebidos simultaneamente em receptores fixos (HDTV/SDTV), móveis e portáteis no mesmo canal; -Interatividade, com estímulo à crescente inclusão digital; - Do ponto de vista tecnológico, a única modulação que atende a esses requisitos é a BST- COFDM (utilizada no sistema ISDB-T implantado no Japão".
A carta foi assinada pelos dirigentes das emissoras, entre eles, Guilherme Stoliar (Vice-presidente do SBT), Rogério Simões Alves (Diretor de Novos Projetos da Rede TV) e João Carlos Saad (Presidente da Rede Bandeirantes de TV).
Hoje, 27, a Abra negou que dado preferência ao padrão japonês de TV Digital e chegou a atacar indiretamente o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ao afirma em nota oficial, que tal informação seria "mera especulação, fruto da má-fé de pessoas interessadas em defender interesses próprios".
Esse comunicado provocou reações entre os associados da entidade. O vice-presidente do SBT e representante da emissora na Abra, Guilherme Stoliar disse desconhecer a origem do comunicado da Abra, com o qual não concorda e ratificou a posição ao afirmar que apóia um padrão que tenha as características do japonês.
Título da minha Tese de Doutorado defendida em março de 2011 que apresenta o conceito de Comunicação Locativa (Locative Communication)
30 janeiro, 2006
29 janeiro, 2006
A revolução da TV digital
Saiba como foi o debate com o cineasta Roberto Moreira e a jornalista Mara
Gama
Por Thais Rivitti
A televisão está prestes a passar por uma grande transformação: trocar o
padrão analógico pelo digital. Para refletir sobre a TV digital e o futuro
da difusão maciça de imagens, Trópico realizou, em parceria com a Pinacoteca
do Estado, um debate com Roberto Moreira, diretor do longa-metragem "Contra
todos" (2004) e professor do departamento de cinema, rádio e televisão da
ECA- USP, e Mara Gama, jornalista, gerente geral de entretenimento do UOL.
Segundo a mediadora do debate, a antropóloga Esther Hamburger, co-editora de
Trópico, a definição de um padrão para a TV digital no Brasil envolve
tópicos como o grau de interatividade e mobilidade, a qualidade da imagem e
a possibilidade de conexão direta com a internet. O governo brasileiro irá
optar por desenvolver um modelo próprio levando em conta as especificidades
do país ou adotará um padrão já usado internacionalmente? Para ela, porém,
"mais complicadas do que as questões técnicas são as políticas". Está em
jogo o estabelecimento de jurisdições, dos limites da ação das companhias de
telefonia, das emissoras de TV a cabo, a definição sobre quem irá difundir o
conteúdo, entre outros temas que dizem respeito ao interesse de grandes
corporações.
TV, internet e interatividade
"Eu acho que a TV interativa é um fracasso", disse Roberto Moreira, abrindo
o debate de forma polêmica. Ele ressaltou que, durante os anos 80, foram
feitas algumas experiências com TV interativa que nunca deram certo. "É
importante lembrar disso, pois há, em relação à televisão, uma vontade de
enfiar nela algo que ela não comporta", afirmou.
Para Roberto, a TV é uma mídia extremamente centralizada que alcança milhões
de espectadores, o que a torna pouco propensa à interatividade. "É na
internet que a promessa de interatividade se realizou de uma maneira muito
mais forte que nos modelos que as emissoras de televisão pesquisaram",
disse.
Ele lembra que o Netscape foi lançado em 1997 e, em menos de dez anos, a
internet penetrou em nosso cotidiano. O que se pensava, no início da
internet, era que ela seria uma espécie de televisão, com algumas poucas
corporações produzindo conteúdo e milhões de pessoas pelo mundo recebendo
esse conteúdo. Mas aconteceu algo completamente diferente: são as próprias
pessoas que estão construindo ativamente a internet. As corporações que
controlam os processos de distribuição e produção são importantes, mas não
respondem pela totalidade do conteúdo.
"Eu acho que devemos começar a pensar a televisão e a internet a partir
dessa idéia da participação, da produção de conteúdo feita pelos próprios
usuários. É um processo meio irreversível. Quem pular dentro desse vagão vai
se dar bem e criar um modelo interessante. Já quem continuar no modelo
centralizado vai acabar ficando para trás", afirmou.
Roberto Moreira disse estar desanimado não apenas com a lentidão do processo
de adoção da TV digital no Brasil, mas também com o debate a respeito.
"Vemos uma discussão política que contamina o tempo inteiro as decisões
técnicas.". Em sua opinião, o melhor modelo é o japonês, pois permite a
transmissão para celular. Hoje, as distribuidoras, quando pensam num novo
filme, já discutem as estratégias para celular. "Acho que a nossa televisão
tinha que dar um salto e já pegar uma tecnologia de ponta", defendeu.
Da produção à distribuição digital
O diretor apontou como a digitalização afeta as diferentes etapas do
audiovisual: produção, exibição e distribuição. Com relação à produção, ele
acha que daqui a cinco ou dez anos a digitalização vai ser total. Ele lembra
que já há câmeras sendo usadas em programas de TV cuja imagem tem uma
definição tamanha que vai além do que nós somos capazes de perceber. A rede
Globo está produzindo hoje alguns de seus programas usando uma câmera de
altíssima definição. "Em dois ou três anos, todos vão usá-la, o processo é
muito rápido", disse.
Para Roberto, a exibição é um problema que começa a ser resolvido. Os
estúdios e a indústria eletrônica conseguiram, após quatro anos de
negociação, chegar a um consenso sobre o formato de conteúdo para exibição
no cinema. Tal concordância era difícil devido aos interesses conflitantes
dos dois grupos: enquanto os estúdios estavam preocupados com a pirataria, o
pessoal da eletrônica queria vender aparelho. "A briga foi forte, mas há
poucos meses chegou-se a esse consenso que era o grande impedimento político
para começar a exibição digital." Agora o debate está voltado para a criação
um modelo de financiamento que possibilite a troca dos projetores
tradicionais pelos digitais, mas, ainda assim, a substituição do equipamento
deve ser bem lenta devido aos custos elevados.
Roberto acredita que o ponto mais confuso ainda seja a distribuição,
justamente porque a tecnologia abre muitas possibilidades. Mas ele
identifica hoje uma certa inclinação do mercado para deixar que o consumidor
escolha a melhor forma. O exemplo usado por ele para falar sobre isso foi a
diminuição do tempo ("janela", na linguagem audiovisual) entre a exibição do
filme no cinema, seu lançamento em DVD e sua veiculação na TV. A tendência é
que comece a acontecer tudo ao mesmo tempo. "Isso é bem revolucionário, mas
não sei se vai colar", disse. Ele acredita que o caminho, para quem trabalha
com audiovisual, seja achar um modelo em que a pirataria seja desvantajosa.
"Tem que ficar simples, barato e prático baixar um filme na internet."
Perto da TV digital
A jornalista Mara Gama iniciou sua fala com um dado concreto: 2006 é o ano
da implementação da TV digital no Brasil. "O ministro das Comunicações disse
que não vai postergar o prazo", ela lembrou. "A Copa de 2006 é um grande
espetáculo televisivo. Tanto as empresas que fazem TV como os detentores dos
direitos da Copa, que são milionários, pressionam para que essa definição
venha logo."
As declarações do ministro, segundo a jornalista, também são claras num
outro sentido: ele tende a enquadrar a TV interativa, seja qual padrão for
adotado, na legislação da radiodifusão. A TV interativa, então, não trará
nenhuma mudança no sistema de distribuição e veiculação com relação ao
modelo atual. Mas algo diferente ocorrerá com os novos aparelhos: eles vão
ter que ser pelo menos um pouco mais interessantes do que os de hoje em dia
para que façam sucesso com os consumidores.
Para Mara, "do ponto de vista político, a TV digital traz a possibilidade de
mudar a correlação de forças entre quem manda e quem distribui informação".
Ela afirmou que, na discussão entre uma TV com maior interatividade (modelo
japonês) ou com maior qualidade de imagem, as emissoras tendem a ser a favor
da segunda, porque as mudanças são menores e a relação com os anunciantes
não se altera. "Na TV interativa você pode bloquear os anúncios. Essa
questão da publicidade é muito importante também porque está obrigando as
empresas a imaginarem outro tipo de propaganda", afirmou.
Presença do celular
Mara ressaltou que a TV digital terá que conviver com esse novo meio que é o
celular. A tela da TV ficou muito grande, mas as telas do celular continuam
crescendo para que se tenha uma boa experiência visual. Um exemplo dessa
tendência é fornecido pela rede inglesa BBC, que disponibilizou 50% da
programação de outono para download gratuito na internet, ao mesmo tempo em
que trechos dos melhores programas de humor estão disponíveis para download
para celular.
Para os executivos da BBC seus produtores têm que pensar num ciclo de vida
para os produtos: TV, celular, DVD, games etc. Os novos projetos já têm que
ser planejados nessas várias mídias. "Seja qual for o formato da TV digital,
o que importa para os produtores culturais -com a internet, o celular e a
possibilidade de interagir na TV- é que existem novas narrativas e é preciso
pensar nelas, pois será um desperdício não utilizar tais ferramentas", disse
a jornalista.
Gama
Por Thais Rivitti
A televisão está prestes a passar por uma grande transformação: trocar o
padrão analógico pelo digital. Para refletir sobre a TV digital e o futuro
da difusão maciça de imagens, Trópico realizou, em parceria com a Pinacoteca
do Estado, um debate com Roberto Moreira, diretor do longa-metragem "Contra
todos" (2004) e professor do departamento de cinema, rádio e televisão da
ECA- USP, e Mara Gama, jornalista, gerente geral de entretenimento do UOL.
Segundo a mediadora do debate, a antropóloga Esther Hamburger, co-editora de
Trópico, a definição de um padrão para a TV digital no Brasil envolve
tópicos como o grau de interatividade e mobilidade, a qualidade da imagem e
a possibilidade de conexão direta com a internet. O governo brasileiro irá
optar por desenvolver um modelo próprio levando em conta as especificidades
do país ou adotará um padrão já usado internacionalmente? Para ela, porém,
"mais complicadas do que as questões técnicas são as políticas". Está em
jogo o estabelecimento de jurisdições, dos limites da ação das companhias de
telefonia, das emissoras de TV a cabo, a definição sobre quem irá difundir o
conteúdo, entre outros temas que dizem respeito ao interesse de grandes
corporações.
TV, internet e interatividade
"Eu acho que a TV interativa é um fracasso", disse Roberto Moreira, abrindo
o debate de forma polêmica. Ele ressaltou que, durante os anos 80, foram
feitas algumas experiências com TV interativa que nunca deram certo. "É
importante lembrar disso, pois há, em relação à televisão, uma vontade de
enfiar nela algo que ela não comporta", afirmou.
Para Roberto, a TV é uma mídia extremamente centralizada que alcança milhões
de espectadores, o que a torna pouco propensa à interatividade. "É na
internet que a promessa de interatividade se realizou de uma maneira muito
mais forte que nos modelos que as emissoras de televisão pesquisaram",
disse.
Ele lembra que o Netscape foi lançado em 1997 e, em menos de dez anos, a
internet penetrou em nosso cotidiano. O que se pensava, no início da
internet, era que ela seria uma espécie de televisão, com algumas poucas
corporações produzindo conteúdo e milhões de pessoas pelo mundo recebendo
esse conteúdo. Mas aconteceu algo completamente diferente: são as próprias
pessoas que estão construindo ativamente a internet. As corporações que
controlam os processos de distribuição e produção são importantes, mas não
respondem pela totalidade do conteúdo.
"Eu acho que devemos começar a pensar a televisão e a internet a partir
dessa idéia da participação, da produção de conteúdo feita pelos próprios
usuários. É um processo meio irreversível. Quem pular dentro desse vagão vai
se dar bem e criar um modelo interessante. Já quem continuar no modelo
centralizado vai acabar ficando para trás", afirmou.
Roberto Moreira disse estar desanimado não apenas com a lentidão do processo
de adoção da TV digital no Brasil, mas também com o debate a respeito.
"Vemos uma discussão política que contamina o tempo inteiro as decisões
técnicas.". Em sua opinião, o melhor modelo é o japonês, pois permite a
transmissão para celular. Hoje, as distribuidoras, quando pensam num novo
filme, já discutem as estratégias para celular. "Acho que a nossa televisão
tinha que dar um salto e já pegar uma tecnologia de ponta", defendeu.
Da produção à distribuição digital
O diretor apontou como a digitalização afeta as diferentes etapas do
audiovisual: produção, exibição e distribuição. Com relação à produção, ele
acha que daqui a cinco ou dez anos a digitalização vai ser total. Ele lembra
que já há câmeras sendo usadas em programas de TV cuja imagem tem uma
definição tamanha que vai além do que nós somos capazes de perceber. A rede
Globo está produzindo hoje alguns de seus programas usando uma câmera de
altíssima definição. "Em dois ou três anos, todos vão usá-la, o processo é
muito rápido", disse.
Para Roberto, a exibição é um problema que começa a ser resolvido. Os
estúdios e a indústria eletrônica conseguiram, após quatro anos de
negociação, chegar a um consenso sobre o formato de conteúdo para exibição
no cinema. Tal concordância era difícil devido aos interesses conflitantes
dos dois grupos: enquanto os estúdios estavam preocupados com a pirataria, o
pessoal da eletrônica queria vender aparelho. "A briga foi forte, mas há
poucos meses chegou-se a esse consenso que era o grande impedimento político
para começar a exibição digital." Agora o debate está voltado para a criação
um modelo de financiamento que possibilite a troca dos projetores
tradicionais pelos digitais, mas, ainda assim, a substituição do equipamento
deve ser bem lenta devido aos custos elevados.
Roberto acredita que o ponto mais confuso ainda seja a distribuição,
justamente porque a tecnologia abre muitas possibilidades. Mas ele
identifica hoje uma certa inclinação do mercado para deixar que o consumidor
escolha a melhor forma. O exemplo usado por ele para falar sobre isso foi a
diminuição do tempo ("janela", na linguagem audiovisual) entre a exibição do
filme no cinema, seu lançamento em DVD e sua veiculação na TV. A tendência é
que comece a acontecer tudo ao mesmo tempo. "Isso é bem revolucionário, mas
não sei se vai colar", disse. Ele acredita que o caminho, para quem trabalha
com audiovisual, seja achar um modelo em que a pirataria seja desvantajosa.
"Tem que ficar simples, barato e prático baixar um filme na internet."
Perto da TV digital
A jornalista Mara Gama iniciou sua fala com um dado concreto: 2006 é o ano
da implementação da TV digital no Brasil. "O ministro das Comunicações disse
que não vai postergar o prazo", ela lembrou. "A Copa de 2006 é um grande
espetáculo televisivo. Tanto as empresas que fazem TV como os detentores dos
direitos da Copa, que são milionários, pressionam para que essa definição
venha logo."
As declarações do ministro, segundo a jornalista, também são claras num
outro sentido: ele tende a enquadrar a TV interativa, seja qual padrão for
adotado, na legislação da radiodifusão. A TV interativa, então, não trará
nenhuma mudança no sistema de distribuição e veiculação com relação ao
modelo atual. Mas algo diferente ocorrerá com os novos aparelhos: eles vão
ter que ser pelo menos um pouco mais interessantes do que os de hoje em dia
para que façam sucesso com os consumidores.
Para Mara, "do ponto de vista político, a TV digital traz a possibilidade de
mudar a correlação de forças entre quem manda e quem distribui informação".
Ela afirmou que, na discussão entre uma TV com maior interatividade (modelo
japonês) ou com maior qualidade de imagem, as emissoras tendem a ser a favor
da segunda, porque as mudanças são menores e a relação com os anunciantes
não se altera. "Na TV interativa você pode bloquear os anúncios. Essa
questão da publicidade é muito importante também porque está obrigando as
empresas a imaginarem outro tipo de propaganda", afirmou.
Presença do celular
Mara ressaltou que a TV digital terá que conviver com esse novo meio que é o
celular. A tela da TV ficou muito grande, mas as telas do celular continuam
crescendo para que se tenha uma boa experiência visual. Um exemplo dessa
tendência é fornecido pela rede inglesa BBC, que disponibilizou 50% da
programação de outono para download gratuito na internet, ao mesmo tempo em
que trechos dos melhores programas de humor estão disponíveis para download
para celular.
Para os executivos da BBC seus produtores têm que pensar num ciclo de vida
para os produtos: TV, celular, DVD, games etc. Os novos projetos já têm que
ser planejados nessas várias mídias. "Seja qual for o formato da TV digital,
o que importa para os produtores culturais -com a internet, o celular e a
possibilidade de interagir na TV- é que existem novas narrativas e é preciso
pensar nelas, pois será um desperdício não utilizar tais ferramentas", disse
a jornalista.
27 janeiro, 2006
Pode! é nova agência de conteúdo para podcast
[26/01 - 10:18] Empresa aposta na popularização da nova mídia
A Pode! é a nova produtora de conteúdo para podcast que acaba de entrar no mercado. A agência oferecerá soluções voltadas para os segmentos corporativo e de personalidades. O diretor de atendimento será Bernardo Castello Branco. A direção de criação caberá ao outro sócio da empresa, jornalista Roberto Miller Maia. Eduardo Castello Branco é o outro sócio da empresa.
A Pode! é a nova produtora de conteúdo para podcast que acaba de entrar no mercado. A agência oferecerá soluções voltadas para os segmentos corporativo e de personalidades. O diretor de atendimento será Bernardo Castello Branco. A direção de criação caberá ao outro sócio da empresa, jornalista Roberto Miller Maia. Eduardo Castello Branco é o outro sócio da empresa.
CBS e Warner anunciam novo canal nos EUA
[26/01 - 16:37] "The CW" será o quinto maior dos Estados Unidos
A CBS e Warner Bros Entertainment anunciaram a criação do canal de televisão "The CW", que será o quinto maior dos Estados Unidos. Cada empresa terá 50% da propriedade deste novo canal, que deve estrear no segundo semestre do ano. Assim, encerrarão as operações, na época de lançamento do novo, de seus outros canais, UPN e The WB.
A CBS e Warner Bros Entertainment anunciaram a criação do canal de televisão "The CW", que será o quinto maior dos Estados Unidos. Cada empresa terá 50% da propriedade deste novo canal, que deve estrear no segundo semestre do ano. Assim, encerrarão as operações, na época de lançamento do novo, de seus outros canais, UPN e The WB.
23 janeiro, 2006
Música digital em alta por Lyana Peck Guimarães
Segundo comunicado anunciado nesta quinta-feira em Londres pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), as vendas de música pela internet e telefone celular em todo o mundo em 2005 chegaram a 1,1 bilhão de dólares, o que representa um aumento de 300%. Deste total, 60% são da comercialização de músicas on line e 40% pela telefonia celular.
A cifra representa 6% do mercado musical atual, que nos último anos se queixa na queda das vendas dos CDs por causa da pirataria e, principalmente, por causa do mp3. No entanto, recentemente as gravadoras começaram a perceber que a música digital também poderia ser um mercado rentável, e o resultado é o crescimento visualizado no setor no ano passado. Foram baixadas cerca de 420 milhões de faixas na internet, uma quantidade 20 vezes maior do que em 2003.
E procurando se adequar aos consumidores, além do download legal, as gravadoras estão investindo em novas mídias, como o DualDisc, um disco modificado que combina a tecnologia de DVD e CD numa única unidade. Ele é produzido nos EUA desde 2004, mas no Brasil ainda está engatinhando, devido seu alto custo. No entanto, neste mês a Sony DADC anuncia que produzirá o formato com preços mais competitivos. Isso se deve a aquisição dos benefícios da Suframa - órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - para a fabricação da mídia no país. O DualDisc pode ser reproduzido em tocadores de CD e DVD comuns e em computadores
Para saber mais sobre o DualDisc, acesse www.sonydadc.com.br
A cifra representa 6% do mercado musical atual, que nos último anos se queixa na queda das vendas dos CDs por causa da pirataria e, principalmente, por causa do mp3. No entanto, recentemente as gravadoras começaram a perceber que a música digital também poderia ser um mercado rentável, e o resultado é o crescimento visualizado no setor no ano passado. Foram baixadas cerca de 420 milhões de faixas na internet, uma quantidade 20 vezes maior do que em 2003.
E procurando se adequar aos consumidores, além do download legal, as gravadoras estão investindo em novas mídias, como o DualDisc, um disco modificado que combina a tecnologia de DVD e CD numa única unidade. Ele é produzido nos EUA desde 2004, mas no Brasil ainda está engatinhando, devido seu alto custo. No entanto, neste mês a Sony DADC anuncia que produzirá o formato com preços mais competitivos. Isso se deve a aquisição dos benefícios da Suframa - órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - para a fabricação da mídia no país. O DualDisc pode ser reproduzido em tocadores de CD e DVD comuns e em computadores
Para saber mais sobre o DualDisc, acesse www.sonydadc.com.br
19 janeiro, 2006
Emissoras defendem padrão japonês para a TV Digital
André Silveira, de Brasília
[18/01 - 16:59] Representantes das empresas entregaram documento à ministra-chefe da Casa Civil ratificando que o ISDB atende aos principais requisitos do sistema brasileiro
As associações que representam as emissoras de televisão aberta (Abert, Abra e Abratel) deixaram suas diferenças de lado e chegaram a um acordo sobre qual a melhor opção do padrão de TV Digital para o Brasil. Segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa, hoje a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, recebeu uma carta assinada pelos diretores de todas as emissoras, na qual defendem que o padrão a ser adotado deve ser o japonês, pois deve comportar portabilidade, mobilidade, definição Standard e alta definição (exigências consideradas prioritárias para o sistema brasileiro).
Costa também falou que o governo brasileiro já iniciou as negociações com os detentores dos demais padrões e ressaltou que o americano (ATSC) não está descartado, apesar de apresentar problemas com a mobilidade e a portabilidade. "Se em um futuro próximo eles nos apresentarem soluções, teremos condições de negociar", argumentou. Segundo o ministro, em uma fase de negociação não é vantajoso descartar qualquer opção.
O ministro também reiterou que até a primeira quinzena de fevereiro o governo definirá qual o padrão irá adotar. "Esse prazo não pode ser muito dilatado porque a indústria precisa de um tempo entre seis e oito meses para começar a produzir os transmissores", argumenta. O objetivo, segundo Costa, é fazer com que até o final do ano a sistema entre em operação comercial. Os primeiros testes deverão ocorrer em julho em São Paulo
[18/01 - 16:59] Representantes das empresas entregaram documento à ministra-chefe da Casa Civil ratificando que o ISDB atende aos principais requisitos do sistema brasileiro
As associações que representam as emissoras de televisão aberta (Abert, Abra e Abratel) deixaram suas diferenças de lado e chegaram a um acordo sobre qual a melhor opção do padrão de TV Digital para o Brasil. Segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa, hoje a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, recebeu uma carta assinada pelos diretores de todas as emissoras, na qual defendem que o padrão a ser adotado deve ser o japonês, pois deve comportar portabilidade, mobilidade, definição Standard e alta definição (exigências consideradas prioritárias para o sistema brasileiro).
Costa também falou que o governo brasileiro já iniciou as negociações com os detentores dos demais padrões e ressaltou que o americano (ATSC) não está descartado, apesar de apresentar problemas com a mobilidade e a portabilidade. "Se em um futuro próximo eles nos apresentarem soluções, teremos condições de negociar", argumentou. Segundo o ministro, em uma fase de negociação não é vantajoso descartar qualquer opção.
O ministro também reiterou que até a primeira quinzena de fevereiro o governo definirá qual o padrão irá adotar. "Esse prazo não pode ser muito dilatado porque a indústria precisa de um tempo entre seis e oito meses para começar a produzir os transmissores", argumenta. O objetivo, segundo Costa, é fazer com que até o final do ano a sistema entre em operação comercial. Os primeiros testes deverão ocorrer em julho em São Paulo
CPqD praticamente descarta padrão americano de TV Digital
André Silveira, de Brasília
[18/01 - 11:36] Segundo relatório do instituto apresentado ao governo, o ATSC tem problemas na portabilidade e na mobilidade
O padrão americano de TV Digital (ATSC) foi praticamente descartado pelo relatório do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) - órgão que coordena as pesquisa de TV digital para o governo - apresentado na tarde desta terça-feira, dia 17, aos integrantes do Conselho de Desenvolvimento do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), no Palácio do Planalto. Segundo fontes que participaram da reunião do conselho, o ATSC apresentou problemas em relação à portabilidade e mobilidade que os demais padrões já superaram.
Ao final da reunião, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, falou que a abertura das negociações com os eventuais fornecedores de tecnologia começará imediatamente. O objetivo é fazer com que o governo tenha condições de definir as diretrizes do Sistema Brasileiro de TV Digital até o dia 10 de fevereiro. "Entretanto, esse prazo poderá ser dilatado, uma vez que temos que trabalhar bem nas negociações".
O ministro também reiterou que o Brasil poderá tanto adotar um único padrão, como também poderá adotar módulos de um adequando-os aos módulos de outro, formando um padrão híbrido.
Além de descartar o padrão americano, o relatório do CPqD apontou vantagens na adoção do sistema japonês (ISDB), cujos detentores ofereceram a retirada de royalties. Já os europeus (que detém o sistema DVB) se comprometem a melhorar o desenvolvimento das ferramentas de interatividade.
O ministro também falou que nesta quarta-feira irá se reunir com os diretores das emissoras de televisão do país, para prestar-lhes mais informações sobre o relatório do CPqD. "Não há como o Brasil definir o sistema, sem a participação das emissoras", justificou Costa.
Além do ministro das Comunicações participaram da reunião os ministros Antônio Palocci (Fazenda), Dilma Rousseff (Casa Civil), Paulo Bernardo (Planejamento) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento). A reunião também contou com representantes dos Ministério da Ciência e Tecnologia, Cultura, Educação. Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência e Renato Martini, do Instituto Nacional da Tecnologia da Informação, também estiveram presentes.
[18/01 - 11:36] Segundo relatório do instituto apresentado ao governo, o ATSC tem problemas na portabilidade e na mobilidade
O padrão americano de TV Digital (ATSC) foi praticamente descartado pelo relatório do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) - órgão que coordena as pesquisa de TV digital para o governo - apresentado na tarde desta terça-feira, dia 17, aos integrantes do Conselho de Desenvolvimento do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), no Palácio do Planalto. Segundo fontes que participaram da reunião do conselho, o ATSC apresentou problemas em relação à portabilidade e mobilidade que os demais padrões já superaram.
Ao final da reunião, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, falou que a abertura das negociações com os eventuais fornecedores de tecnologia começará imediatamente. O objetivo é fazer com que o governo tenha condições de definir as diretrizes do Sistema Brasileiro de TV Digital até o dia 10 de fevereiro. "Entretanto, esse prazo poderá ser dilatado, uma vez que temos que trabalhar bem nas negociações".
O ministro também reiterou que o Brasil poderá tanto adotar um único padrão, como também poderá adotar módulos de um adequando-os aos módulos de outro, formando um padrão híbrido.
Além de descartar o padrão americano, o relatório do CPqD apontou vantagens na adoção do sistema japonês (ISDB), cujos detentores ofereceram a retirada de royalties. Já os europeus (que detém o sistema DVB) se comprometem a melhorar o desenvolvimento das ferramentas de interatividade.
O ministro também falou que nesta quarta-feira irá se reunir com os diretores das emissoras de televisão do país, para prestar-lhes mais informações sobre o relatório do CPqD. "Não há como o Brasil definir o sistema, sem a participação das emissoras", justificou Costa.
Além do ministro das Comunicações participaram da reunião os ministros Antônio Palocci (Fazenda), Dilma Rousseff (Casa Civil), Paulo Bernardo (Planejamento) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento). A reunião também contou com representantes dos Ministério da Ciência e Tecnologia, Cultura, Educação. Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência e Renato Martini, do Instituto Nacional da Tecnologia da Informação, também estiveram presentes.
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