Caros amigos, fortalecendo ainda mais a teoria de uma comunicação pós-massiva (em concordância com o Prof. André Lemos), eis mais um artigo que sustenta uma forma de comunicar que está por vir, diferida da já conhecida comunicação de massa, buscando a segmentação, individualização e personalização da informação...
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Empresas poderão localizar usuários de celular para fazer propaganda
da Folha Online
Seu celular é uma mina de ouro em potencial para os marqueteiros: o aparelho revela onde você está, para quem você liga ou até de que música você gosta. Considerando que os celulares estão quase sempre em poder dos usuários, são perfeitos para que as empresas desenvolvam mensagens específicas para cada pessoa, em cada lugar e em cada momento.
Entretanto, esse potencial ainda não foi completamente utilizado pelos anunciantes. Primeiro eles vão ter que convencer as operadoras de celular a liberar esses dados dos usuários, procedimento um tanto difícil atualmente. As operadoras temem que os usuários se irritem com essa invasão em seus dados e mudem de empresa.
"Temos de avançar com cuidado", afirma Jarvis Coffin, executivo-chefe da empresa de publicidade Burst Media Corp. "Os usuários vão ficar assustados com a idéia de, de repente, o celular tocar com uma mensagem de oferta da Starbucks e eles estarem exatamente do lado de uma loja da Starbucks?", questiona.
Por enquanto, as operadoras estão guardando esses dados de maneira segura. Mas há muita gente que aposta que é uma questão de tempo --daqui a 1 ou dois anos-- até que as empresas possam desenvolver mensagens específicas para um usuário de celular, de acordo com sua localização e suas ações.
A inovação traria uma nova cara para essas ações de marketing. Atualmente, os anúncios para celular são quase que totalmente baseados em modelo de comunicação de massa, com poucas operadoras oferecendo recursos para atingir um certo público-alvo. Em geral, pode-se usar apenas idade, sexo, cidade de moradia, entre outras.
Daqui para frente, isso deve mudar. Uma das primeiras inovações será a possibilidade de utilizar a localização do celular para fazer uma propaganda.
"Nos últimos 10 anos isso tem sido sempre considerado o próximo passo a ser dado, e agora nós realmente sentimos que isso vai acontecer", afirma Brian Levin, executivo-chege da Liberty Media Corp.'s Useful Networks, empresa que ajuda as empresas a utilizar as informações fornecidas pelas operadoras.
Com a popularização de sistemas de GPS em certos aparelhos e sua integração com serviços de mapas ou monitoramento de crianças, é natural que os publicitários queiram tirar proveito desse tipo de informação.
É necessário, entretanto, criar um código de conduta que não permita que a privacidade dos usuários seja invadida.
A consultoria eMarketer estima que, nos Estados Unidos, o investimento em publicidade para celular seja de US$ 900 milhões em 2007. Esse valor deve chegar a US$ 4,8 bilhões em 2011.
Com informações da Associated Press