05 agosto, 2008

Celular e Comportamento

Pesquisa revela mudança no comportamento da população causada pelo celular...
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Celular muda o comportamento das pessoas

A pesquisa feita com mil pessoas em nove regiões metropolitanas mostrou que 18% se consideram viciadas em celular.

Uma pesquisa em 70 cidades brasileiras comprovou cientificamente o que já se percebe nas ruas, no trabalho, em todo lugar: o celular mudou o comportamento das pessoas.

Hora do almoço, o celular divide atenção com o prato principal. O telefone móvel roubou uma fatia do tempo dos brasileiros. “Uso mais de 100 vezes por dia, trabalho com celular”, confessou o analista de suporte Hélio Mak.

“Para mim, é como uma peça de rouba que uso, não posso deixar de lado”, compara a promotora de vendas Jaciara Ribeiro.

A pesquisa feita com mil pessoas em nove regiões metropolitanas mostrou que 18% se consideram viciadas em celular. Já passam de 5% os que têm dois ou mais celulares. Além de falar, o aparelho é cada vez mais usado para mandar fotos e ouvir música.

“Escuto bastante jazz, samba-rock. É rápido e prático”, afirmou o vendedor Everton Rodrigues.

Mensagens de texto viraram uma febre. Foi dessa forma que 5% terminaram um namoro e 12% pediram desculpas a alguém.

“Em muitos casos, a gente percebe que o celular é a via principal de relacionamento mais do que contato pessoal”, declarou Luís Minoru, coordenador da pesquisa.

A dependência é tamanha que a maioria dos entrevistados disse que não consegue passar mais de um dia longe do aparelho. Mulheres e jovens são os que mais sentem falta do celular, que provoca até sensação de abandono quando fica algumas horas sem tocar.

“Quando ele não toca, fico imaginando que ninguém me ama. Fico carente”, confessa a promotora de eventos Gláucia Francato.

O celular também virou muleta: 23% admitiram ter usado o telefone para fugir de situações incômodas.

“Eu fingi que tocou para poder sair de fininho de um lugar que eu não queria ficar”, revelou a atendente Rosana Lin.

Mirela tem três celulares. Leva um junto ao corpo para não perder as ligações do marido. “Eu não posso ficar incomunicável, se meu marido não me achar, ele põe a polícia atrás de mim”.