13 agosto, 2008

RFID para Fluxo Logístico



Etiquetas RFID estão contribuindo para um melhor fluxo logístico da fábrica de papel Suzano no sul da Bahia. Essas etiquetas estão sendo usadas também em outras formas de comunicação sem fio, como nas placas do DETRAN em São Paulo... (do Computerworld).
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Suzano melhora logística com uso de etiquetas RFID
Por Marina Pita, da CIO

Com nova linha de processamento em Mucuri (BA), companhia triplica produção e usa tecnologia para melhorar fluxo logístico

A Suzano Papel e Celulose continua utilizando a TI como aliada. A companhia acaba de colocar em funcionamento sua segunda linha de processamento na fábrica de Mucuri, no extremo sul da Bahia, o que resultou no aumento em 200% do volume produzido na unidade em 2007. Isso significa que, em vez de 200 caminhões entrando e saindo todos os dias da planta, esse número passou para 600.

Diante desse cenário, a companhia se viu obrigada a melhorar o fluxo logístico interno da planta industrial e, para tanto, optou pela implantação leitores de radiofreqüência em pontos chave e passou a utilizar etiquetas de identificação nos caminhões. Assim, desde abril, quando um caminhão de madeira se aproxima da entrada da fábrica, é rapidamente identificado e um painel indica para qual triturador a carga deve ser encaminhada. “Assim, sabemos quem entra, a que horas e para onde vai. E passamos a obter também os tempos parciais”, explica José Carlos Costa, diretor de tecnologia da informação da companhia.

Todo o fluxo logístico é feito em uma maquete eletrônica e há sistemas de inteligência logística para melhorar os processos. “Podemos otimizar os processos de carregamento e expedição, por exemplo. Estamos trabalhando nisso de forma contínua”, comemora Costa. Segundo ele, a introdução do RFID já rendeu, logo após sua ativação, a redução em 10% do tempo que um caminhão leva pra completar todo o ciclo. “Um caminhão de madeira sai da fábrica em 61 minutos. Quando há qualquer atraso, o sistema apita e a equipe corrige a falha que provocou uma fila, por exemplo”, afirma o diretor de TI.

“Quase não há imprevistos - são poucas as surpresas - e, por isso, é possível ganhar muito dinheiro. Sempre existem rearranjos pontuais, mas em geral, é bem monótono. E isso é incrivelmente bom”, garante Costa. A implantação do rastreamento em ambiente controlado foi definida como algo simples pelo executivo. Ele alerta, porém, que é preciso entender as mudanças estruturais necessárias para o bom funcionamento de um sistema desse tipo.

O abastecimento de madeira na fábrica da Suzano era coordenado por apenas uma pessoa. Depois do RFID, os requisitos para controlar o ambiente mudaram e um gestor de fluxo não é mais necessário, mas sim um analista de processos. “Esse trabalho não se resume mais ao gestor de tráfego. É preciso treinar gente e mudar a job discription que passará a ser analisar e melhorar o modelo”.

Costa lembra que nem tudo pode estar sob controle, já que a frota da Suzano é terceirizada, mas, na medida do possível, o controle do fluxo da fábrica permite, por exemplo, avisar o campo de onde está sendo extraída a madeira, qual caminhão irá buscar a quantidade já determinada de carga e o horário que isso deve ocorrer. “Isso não existia, definitivamente”, conclui.