18 fevereiro, 2006

Anatel libera novo teste para rádio digital

[17/02 - 12:23] Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília será a primeira a realizar testes do Sistema de Radiodifusão Sonora Digital DRM - Digital Radio Mondiale

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu nesta sexta-feira, dia 17, mais uma autorização para testes do Sistema de Radiodifusão Sonora Digital. A autorização, publicada no Diário Oficial da União, foi concedida à Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (FT/UnB). Essa é a décima segunda autorização para testes do sistema.

Ao contrário das autorizações anteriores, a faculdade será a primeira a realizar testes do Sistema de Radiodifusão Sonora Digital DRM - Digital Radio Mondiale, um dos dois sistemas aprovados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT). Os testes tem o o objetivo de avaliar a qualidade do áudio, área de cobertura e robustez do sinal digital em Onda Curta (OC) em relação a ruídos, interferências e efeitos dos múltiplos percursos.

Trata-se de um padrão aberto desenvolvido por um consórcio constituído por 90 membros (associações, universidades, fabricantes, operadoras) de 30 países. Em operação regular por estações de OC européias, a versão em OM ainda está em fase de testes na própria Europa, na China, no México.

As autorizações anteriores foram concedidas para realização de testes do Sistema de Radiodifusão Sonora Digital IBOC (In-Band On-Channel). O IBOC é o padrão norte-americano, desenvolvido pela iBiquity Digital Corporation, e utiliza a mesma freqüência do sistema analógico para as transmissões digitais.

17 fevereiro, 2006

Motorola leva Windows Media aos celulares

[15/02 - 14:25] Usuários terão acesso a um maior número lojas virtuais de canções de todo o mundo

A Motorola e a Microsoft fortaleceram seu relacionamento e passam a integrar as tecnologias Windows Media em vários dos aparelhos Motorola. A novidade estará em celulares que têm capacidade de tocar música e dá acesso aos usuários a um maior número lojas virtuais de canções de todo o mundo.

Os celulares da empresa suportarão o gerenciador de direitos autorais Windows Media Digital Rights Management (DRM), o Windows Media Audio (WMA), uma versão aprimorada do codec (software de compressão de arquivos) Windows Media Audio Pro e o Media Transfer Protocol (MTP). Com essas tecnologias, os consumidores terão mais flexibilidade tanto para comprar quanto para ouvir música digital. Os aparelhos a serem lançados pela Motorola se comunicarão com PCs Windows pela porta de alta velocidade USB 2.0. A Motorola planeja oferecer experiências musicais via Windows Media em todo o mundo a partir do segundo trimestre.

Anatel libera mais um teste para Rádio Digital

[15/02 - 14:51] Sistema Atual de Radiodifusão Ltda., concessionária do Serviço de Radiodifusão Sonora em Onda Média em Itapevi, é nova emissora a usar o sistema

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu mais uma autorização para execução de testes para radiodifusão sonora digital. A liberação para o "serviço especial para fins científicos ou experimentais" foi publicada no Diário Oficial da União e concedida ao Sistema Atual de Radiodifusão Ltda., concessionária do Serviço de Radiodifusão Sonora em Onda Média em Itapevi (SP).

Assim como as autorizações anteriores, a emissora realizará testes do Sistema de Radiodifusão Sonora Digital IBOC (In-Band On-Channel) - um dos dois sistemas aprovados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) e que utiliza a mesma freqüência do sistema analógico - com o objetivo de avaliar o desempenho do sistema de rádio digital em Onda Média (OM).

O preço público pelo direito de exploração do serviço é de R$ 1,2 mil e as autorizações são válidas por um ano. Somada às anteriores, já são sete as rádios autorizadas a realizar testes do Sistema de Radiodifusão Sonora Digital: Rádio Itapema FM e Rádio Gaúcha, em Porto Alegre (RS); Rádio Excelsior, Rádio Sompur São Paulo Radiodifusão e a Rádio e Televisão Bandeirantes em São Paulo (SP); e Rádio Tiradentes, em Belo Horizonte (MG).

14 fevereiro, 2006

Novo serviço da Apple baixa aulas via iTunes

Folha de São Paulo, segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

NOVA ERA

Gratuita, tecnologia é polêmica, pois alunos tendem a deixar de ir a
universidades; direito autoral já é discutido

Novo serviço da Apple baixa aulas via iTunes DO "FINANCIAL TIMES"

Um novo serviço gratuito da Apple está criando polêmica no universo
acadêmico dos EUA. Famosa por seus iPods e Macintoshs, a empresa permite que
faculdades e universidades coloquem palestras on-line usando seu iTunes, o
que permite que os estudantes não assistam às aulas.

A Apple trabalha, há mais de um ano, com seis universidades americanas num
projeto-piloto e recentemente convidou outras escolas. "A resposta tem sido
muito boa", diz um porta-voz.

Chamado de iTunes U, o novo sistema permite que estudantes façam o download
de podcasts e "vodcasts" (arquivos visuais e auditivos) para escutarem e
verem os discursos gravados em qualquer lugar, a qualquer hora.
"Nossos alunos são nativos digitais. O que estamos tentando é encontrá-los
onde já estão", diz Keith Politte, da escola de jornalismo da Universidade
de Missouri, que participa do programa.

A Universidade Stanford, outra integrante do projeto, dá ao público acesso
gratuito a palestras de cursos selecionados, além de áudio de eventos
esportivos através de seu site afiliado ao iTunes.

Kenneth Wong, professor de educação da Universidade Brown afirma se
preocupar com a possibilidade de os alunos faltarem às aulas e perderem o
contato com os professores e os colegas. "Eles aprendem bastante com a
interação e a discussão. Na faculdade, precisam desenvolver um senso de
comunidade intelectual."

Enquanto o iTunes U é de graça, a Apple espera que os estudantes se tornem
visitantes freqüentes do iTunes. Leva apenas um clique para ir do iTunes U
ao site que vende músicas por US$ 0,99 e programas de TV por US$ 1,99.

13 fevereiro, 2006

TV Câmara estréia programa para discutir TV brasileira

[10/02 - 18:39] Ver TV estréia nesta quinta-feira, dia 16, às 22h

Estréia na próxima quinta-feira, dia 16, às 22h, na TV Câmara o programa Ver TV. Semanalmente, a atração vai colocar em discussão o papel da TV na sociedade brasileira, os avanços tecnológicos e as questões éticas de uma programação de qualidade, comprometida com a cidadania. A produção é uma parceria da TV Câmara com a TV Nacional e conta com o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. A apresentação é de Lalo Leal, sociólogo, jornalista e professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. O programa terá uma hora de duração e a participação de três especialistas nos temas em debate.

09 fevereiro, 2006

Teles fazem lobby por TV digital

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As empresas de telefonia fixa apresentaram ontem ao governo suas reivindicações na questão da TV digital. O ministro Hélio Costa (Comunicações) afirmou que as empresas querem garantir o transporte dos novos produtos que surgirão com a tecnologia.
É o lobby pelo modelo econômico chamado "convergência de tecnologias", no qual o telespectador passa a ser usuário e a TV, um terminal de acesso de dados.

A questão da definição do modelo econômico é a razão do confronto entre as companhias de telefonia e as redes de TV, que dizem não ter como competir com o poderio econômico das teles. Na reunião, a Telemar se manifestou favorável ao padrão europeu, que foi desenvolvido e é direcionado para um modelo em que as telefônicas são dominantes. As demais se disseram indiferentes. Ficou definido que as empresas farão relatórios com suas posições para serem entregues à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Antes da reunião, pela manhã, Costa reafirmou que o padrão japonês é o único que atende os requisitos desejados pelo governo brasileiro.

"É o único que faz toda a transmissão de tudo que nós queremos, que é alta definição, portabilidade, mobilidade e interatividade, em 6 MHz", disse Costa. Ele afirmou que adotar um padrão fora dos 6 MHz praticamente inviabiliza a indústria.
"Os nossos aparelhos de TV digital serão todos feitos no Brasil em 6 MHz. Se você for trabalhar com 8 MHz, como é o sistema europeu, é um pouquinho mais complicado. A diferença é muito grande", disse o ministro. Como a intenção do governo é testar o sistema em junho e lançá-lo em setembro, na parte técnica sobraria o padrão japonês.
Mas, segundo o ministro, o presidente Lula pode preferir esperar mais seis meses antes da definição ou, por questões econômicas, escolher outro padrão.

"Quem decide sobre tudo isso é o presidente da República. Minha função é colocar os dados na mesa dele e ele decide." Costa disse que, além do relatório técnico do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), Lula vai receber um relatório político e econômico dos ministérios envolvidos na questão.
A definição do modelo econômico que será adotado no Brasil com a tecnologia da TV digital deve acontecer somente no final deste mês ou no início de março, segundo Costa informou na terça-feira. A decisão será tomada pelo presidente Lula após retornar da viagem à África.

Hélio Costa discute telecomunicação em evento

[08/02 - 09:22] "Definindo caminhos futuros" acontece em Brasília, no auditório da Finatec/UnB

A revista Teletime e o GCOM - Grupo Interdisciplinar de Políticas, Direito, Economia e Tecnologia das Comunicações da Universidade de Brasília (UnB) realizam, no dia 9 de fevereiro, o seminário "Políticas em Telecomunicações - Definindo caminhos futuros". O evento, realizado anualmente, nesta edição será realizado em Brasília, no auditório da Finatec/UnB, com presença confirmada do ministro das Comunicações Hélio Costa.

O painel de abertura, "Uma agenda para 2006", contará com as apresentações de Plínio de Aguiar Jr, presidente da Anatel; Ricardo Knoepfelmacher, presidente da Brasil Telecom; Mario Cesar Araújo, presidente da TIM Brasil; e do professor Márcio Iorio Aranha da Faculdade de Direito/UnB.

Mais tarde às 11h15, o segundo debate será sobre a "Regulação para a convergência", e enfocará o impasse quanto à regulação da tecnologia IP com as operadoras de telefonia e empresas de mídia. Participam da discussão Ronaldo Iabrudi, presidente da Telemar/Telebrasil; Alexandre Raposo, presidente da TV Record; Evandro Guimarães, vice-presidente de assuntos institucionais da TV Globo; Sérgio Assenço, vice-presidente de regulamentação da Vivo; e Luiz Tito Cerasoli, diretor de regulamentação da Embratel.

Em outra apresentação o tema é "Os cenários políticos para 2007", às 14h15, que reunirá o jornalista Franklin Martins da TV Globo, Walder de Góes, analista político, o deputado Júlio Semeghini (PSDB/SP), o deputado Jorge Bittar (PT/RJ), moderados pelo professor Murilo Ramos, da Faculdade de Comunicação da UnB. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, encerrará o seminário. As inscrições para o evento podem ser feitas pelo telefone (11) 3120-2351.

Decisão sobre TV Digital fica para março

[08/02 - 09:54] Segundo o ministro Helio Costa, motivo é que ocorreram alguns atrasos no decorrer do processo de estudo

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, admitiu que a escolha do padrão internacional que irá compor o Sistema Brasileiro de TV Digital deverá ocorrer somente em março. O motivo, segundo o ministro, foi que o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) (órgão responsável pela consolidação dos estudos feitos pelas universidades) deveria ter entregue o seu relatório em 10 de dezembro e só o fará em 10 de fevereiro. "O caso é que tivemos alguns problemas, inclusive com o atraso no repasse dos recursos. Isso ocasionou a prorrogação", informou Hélio Costa.

O ministro, que recebeu os executivos do padrão americano (ATSC) nesta terça-feira (7), informou que eles poderão apresentar melhores condições de transmissão do que o padrão europeu (DVB), porém isso só ocorrerá em julho. " Nesse período, eles estarão oferecendo mobilidade, portabilidade e interatividade por dentro dos 6 MHz da faixa de freqüência destinada a cada um dos canais digitais", explicou o ministro. Segundo ele, o padrão europeu precisa de mais uma faixa de freqüência para oferecer os mesmos serviços.

Hélio Costa evitou fazer comparações com o padrão japonês, que ele vem defendendo desde o início do processo de análise dos sistemas internacionais. Ele afirmou que agora a decisão cabe ao Comitê de Desenvolvimento da TV Digital e ao Presidente da República.

Indústria leva um ano para produzir para TV Digital

André Silveira, de Brasília

[08/02 - 17:23] O anúncio do presidente da Eletros feito hoje inviabiliza a operação comercial do sistema brasileiro este ano.

Mesmo que o Governo Federal aperte os prazos, o brasileiro só terá acesso à TV Digital no próximo ano. Isso, porque a indústria precisa de um prazo de um ano, após a definição da regulamentação, para poder oferecer ou o Set Top Box ou o aparelho digital ao mercado. "Nós precisamos de prazo para podermos nos adaptar à regulamentação e ao modelo de negócios. Antes de um ano, é totalmente improvável", afirmou o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Paulo Saab.

O executivo, que participou qaurta, dia 8 da Comissão Geral da Câmara dos Deputados, que debateu a implantação da TV Digital no Brasil, se queixou de não ter sido chamado a participar dos debates com o governo. "Nós não conhecemos a conclusão dos estudos, portanto, não temos nem como opinar sobre o sistema e nem sobre o modelo de negócios. Se a indústria não participar desse processo, o consumidor será prejudicado", alertou.

Saab lembrou que a indústria de televisão gera 30 mil empregos, portanto merece participar do debate de forma mais ativa. "A assessoria do ministro das Comunicações, Hélio Costa, já marcou e desmarcou reuniões com a diretoria da Eletros por quatro oportunidades. O resultado é que até hoje nada de concreto nos foi apresentado".

A guerra de argumentos na TV digital

Temas técnicos e complexos, quando discutidos por meio da mídia, abrem margem a vários tipos de sofisma: ou se levantam aspectos secundários do tema, como se fossem centrais, ou se fazem afirmações que se perdem no meio do alarido e não são conferidas.

A discussão sobre a transposição do rio São Francisco teve muito disso. Alegava-se que as críticas decorriam da falta de conhecimento técnico dos críticos. Mas a maioria dos trabalhos técnicos condena o projeto, pelos aspectos ambientais e socioeconômicos.

Algo semelhante vai ocorrer com essa discussão em torno da TV digital. De cada um dos lados haverá blefes, afirmações não comprovadas para tentar reduzir as vantagens relativas do outro padrão. A melhor maneira de esclarecer os pontos é colocar os donos dos padrões frente a frente.

Na coluna de hoje vamos colocar algumas afirmações dos representantes do padrão japonês para análise pelos representantes do padrão europeu:

1) Espectro
Japoneses: seu padrão (o ISDB-T) atende a todas as exigências brasileiras, usando apenas o espaço de 6 MHz no canal de transmissão permitido pelo governo brasileiro. Já os europeus precisariam de um canal extra para isso.
Europeus: dizem que os japoneses blefam. Sustentam que o seu sistema (o DVB) é flexível na hora de montar os aplicativos. No canal de 6 MHz seria possível alocar HDTV (alta definição), SDTV (a terceira melhor definição) e TV portátil. O padrão japonês tem um canal específico para móvel ou portátil. Segundo os europeus, seu sistema é diferente, pois o SDTV já é móvel. Exemplo: uma emissora poderia transmitir em HDTV, em MPEG4, ao mesmo tempo transmitir em SDTV, em MPEG2 (mais barato), além de transmitir mais de nove canais de outro conteúdo para celular. Tudo isso em 6 MHz.

2) Exportação
Japoneses: dizem que 90% dos componentes dos "set top boxes" (conversor) são os mesmos nos três padrões. Portanto um aparelho produzido no Brasil com tecnologia japonesa poderia ser exportado para a Europa ou os EUA mudando apenas um chip, o que não modificaria substancialmente seu custo.
Europeus: cerca de 30% do custo de um "set top box" se refere às questões tecnológicas -e não apenas 10%, como dizem os japoneses. E as soluções eletrônicas são integradas. Não é como um brinquedo de montar, em que as peças são mudadas da maneira que quiser. Se a afirmação do padrão japonês fosse realmente viável, dizem os europeus, eles mesmos já estariam exportando para o resto do mundo.

3) Incorporação de tecnologia
Japoneses: estão dispostos a abrir o padrão para que os brasileiros possam agregar tecnologia nacional. O padrão tem o suporte da Arib (Association of Radio, Industries and Business), que reúne 269 empresas japonesas para desenvolver as tecnologias aplicadas no padrão de TV digital.
Europeus: os europeus sustentam que o padrão japonês é o mais fechado. Todas as empresas do consórcio são japonesas, enquanto o consórcio DVB possui mais de 270 membros que incluem emissoras, indústrias, operadores de rede, desenvolvedores de softwares e órgãos de regulação, inclusive muitas empresas que operam no Brasil.
Mais pontos dessa discussão estão no seguinte endereço: www.projetobr.com.br

08 fevereiro, 2006

Sul-africano faz primeiro longa-metragem em celular

Oito celulares, US$ 160 mil e uma idéia na cabeça. Será esse o futuro do cinema? O diretor sul-africano Aryan Kaganof acredita que sim. E, para provar que está certo, dirigiu SMS Sugar Man, projeto classificado como o primeiro longa-metragem do mundo gravado inteiramente em celulares. O filme tem um site, no endereço www.smssugarman.com.

SMS Sugar Man foi gravado com oito câmeras de celulares no prazo de 11 dias. O filme tem três personagens principais e seu orçamento é inferior a 1 milhão de rand (US$ 164 mil). Além de exibição em salas convencionais de cinema, o filme será transmitido a celulares na forma de três episódios de 30 minutos, no prazo de um mês.

Kaganof diz que a história de um cafetão e de duas prostitutas de alta classe percorrendo as ruas de Joanesburgo na véspera do Natal abrirá o caminho para uma nova e democrática abordagem cinematográfica, que reduzirá os custos envolvidos tanto em fazer quanto em assistir filmes.
"Acredito que o cinema, na África do Sul, não seja a mídia apropriada para representar quem somos... trata-se de um fenômeno majoritariamente branco. E aí me ocorreu que a mídia que os africanos amam acima de todas as outras são os celulares", disse ele à Reuters.
Kaganoff - que ironicamente só adquiriu seu primeiro celular no ano passado para fazer o filme - descartou as preocupações quanto à qualidade e disse que as imagens pareciam "fabulosas" quando ampliadas para 35 milímetros, a bitola padrão de um longa-metragem.

Embora filmes produzidos na África ou que a tenham por tema estejam conquistando a atenção fora do continente mais pobre do mundo, as pequenas audiências na região - onde a maioria das pessoas não tem dinheiro para bancar uma noite de cinema - dificultam a situação financeira dos cineastas. Encontrar um modelo de cinema de baixo orçamento como o da Nigéria, onde a indústria cinematográfica nacional, conhecida como "Nollywood", tem imensa popularidade, é a única maneira de garantir o futuro dos filmes na África do Sul, segundo Kaganoff.

SMS Sugar Man, que estréia em maio, custou apenas uma fração dos cerca de 6 milhões de rand tipicamente investidos em um filme local de baixo orçamento. Para comparação, os filmes de Hollywood custam entre US$ 40 e US$ 50 milhões, tipicamente, e muitas vezes excedem os US$ 100 milhões. Mais informações sobre o diretor podem ser obtidas no seu site, no endereço www.kaganof.com.

Reuters

Terra lança podcast

[02/02 - 15:23] Conteúdos serão produzidos pelo portal e parceiros, como as gravadoras URB e Rio 8 Fonográfico e os sites rraurl.com e Rádio Facu

O Terra lança um canal de podcast, com conteúdos de música, humor, notícias e esportes, todos no formato MP3. Os programas são produzidos especialmente para este formato pelo Terra e por seus parceiros - as gravadoras URBR e Rio 8 Fonográfico, o site de música eletrônica rraul.com e o site de conteúdos universitários Rádio Facu. O podcast do Terra conta com o patrocínio da Kaiser, que vai disponibilizar também todo o seu conteúdo de videocast.

O internauta já pode baixar o Jornal do Terra - jornal multimídia com reportagens e entrevistas em três edições diárias - e Esportes TV - que traz vídeos e entrevistas do mundo esportivo em duas edições diárias, ambos produzidos pela TV Terra.

Quem gosta de música tem várias opções. Pode aproveitar os conteúdos do eletrônico, o rraurl.com e do URBR. Na Rio 8 Fonográfico, está disponível a história do samba brasileiro.

Já para os universitários, a Rádio Facu oferece humor e descontração em um conteúdo variado, produzido por alunos e voltado ao público jovem.

01 fevereiro, 2006

Abra nega preferência por sistema de tv digital japonês

[27/01 - 12:09] Associação Brasileira de Radiodifusores alega que apenas indicou o sistema BST-COFDM como o mais adequado

A Abra - Associação Brasileira de Radiodifusores - divulgou nota sobre a discussão sobre a escolha do padrão para a tv digital que será utilizado no Brasil. Abaixo, o texto na íntegra:

"São muitos os temas que envolvem a implantação da TV digital no Brasil e é necessária uma ampla avaliação do assunto para que se evitem conclusões precipitadas.

O fato de os radiodifusores que compõem a ABRA (Associação Brasileira de Radiodifusores) terem indicado o sistema de modulação BST-COFDM como o mais adequado (por ser no momento o único dotado de portabilidade e mobilidade satisfatórios), não significa necessariamente adesão ao sistema japonês. A ABRA não reconhece e desautoriza qualquer afirmação em contrário, ressaltando se tratar de mera especulação, fruto da má-fé de pessoas interessadas em defender interesses próprios.

Apesar de importante, a modulação é apenas um dos elementos que compõem tecnologicamente um sistema de tv digital e há outros aspectos em jogo. No documento entregue ao governo os radiodifusores sugerem, por exemplo, que o Brasil opte por tecnologias iguais às adotadas em mercados suficientemente grandes para garantir economia de escala com contínua redução de preço.

Por esse critério, o sistema japonês não seria o melhor. Outra exigência dos radiodifusores é que o SBTVD mantenha a gratuidade dos serviços e deva transmitir programas em alta definição, missão que pode ser cumprida com total desempenho pelos 3 sistemas (americano, japonês e europeu ). Com o objetivo de contribuir para o debate, que é de vital importância ao Brasil, a ABRA (Band, SBT e Rede TV!) esclarece que não tem preferência por nenhum dos sistemas de transmissão, lutando sim, pela escolha de um padrão que beneficie a sociedade brasileira.

Frederico Nogueira

Vice-Presidente da ABRA"

iTunes vai ditribuir filmes da Disney pela web

[30/01 - 13:58] Plataforma, desenvolvida por Steve Jobs, deixará de vender apenas músicas na internet

Além de embolsar uma boa parte dos US$ 7,4 bilhões pagos pela Disney pelo controle da Pixar - estúdio de desenho animado que produziu sucessos como Toy Story, Procurando Nemo e Os Incríveis - e de ganhar um assento no conselho de administração da empresa que criou Mickey Mouse, Steve Jobs está prestes a concretizar as predições feitas sobre a internet na virada do século. O presidente da Apple e ex-dono da Pixar usará a plataforma iTunes, de venda de arquivos de música, para desenvolver um sistema de distribuição pela web dos filmes da Disney e de outros estúdios de Hollywood. Esse era um dos objetivos da AOL quando comprou a Time Warner em 1999. No entanto, restrições técnicas (como pouca disseminação da banda larga), problemas administrativos e falta de confiança dos estúdios nas pontocom impediram que a união tivesse um epílogo bem-sucedido.

Governo negociará com detentores sobre TV Digital

[31/01 - 19:12] Até quinta-feira, um comitê de ministro receberá os integrantes europeus, japoneses e americanos

O governo vai avançar, durante essa semana, as negociações com os detentores dos padrões internacionais de TV Digital. De acordo com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, os ministros da Casa Civil, Dilma Roussef; Fazenda, Antônio Palocci, do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Luiz Fernando Furlan, além do próprio Helio Costa, formarão um comitê para receber e negociar com os representantes dos três padrões internacionais (japonês (ISDB), europeu (DVB) e americano (ATSC), até a próxima quinta-feira. "De forma simultânea, o Presidente da República receberá todas as informações para poder tomar sua decisão", explica.

Segundo Hélio Costa, a decisão mais importante é relativa ao sistema de modulação. "Com essas negociações, no dia 10 de fevereiro, o governo terá condições de tomar uma decisão sobre qual o padrão que irá fazer parte do Sistema Brasileiro de TV Digital", afirmou Costa.

Ao ser questionado se o governo não irá esperar os debates que a Câmara dos Deputados fará no final de março, o ministro das Comunicações comentou que a preocupação dos parlamentares, relativas ao marco regulatório e produção de conteúdo ficará em uma segunda etapa de decisão, que poderá compor o debate na Casa. Segundo o ministro, o governo vai continuar o projeto, que foi iniciado em 1994 e que não pode esperar mais muito tempo.

O ministro também falou que os detentores do padrão japonês e europeus já ofereceram diversas vantagem ao governo brasileiro e destacou que, tecnicamente os japoneses levam vantagens, pois as caracterísitcas do padrão ISDB atendem pefeitamente aos critérios estabelecido no decreto de 2003, que estabelece as diretrizes da TV Digital no Brasil.